Juliana respirou aliviada ao ver a irmã sair de casa. Com água até a cintura, a jovem necessitou do auxílio de voluntários.
Embora "Juliana" seja um nome fictício, a cena foi testemunhada pela jornalista Kathlyn Moreira, da Rádio Gaúcha (grupo RBS), na quarta-feira (08/06). Ao descrever o cenário devastador provocado pelas enchentes em certos bairros de Porto Alegre, Moreira destacou a relutância de alguns moradores em evacuar suas moradias.
Diversas áreas da metrópole estão inundadas. Cerca de 11:00 da manhã de quarta-feira (05/06), no bairro Tororó, o nível da água chegou a 2 metros. Mesmo isolados, alguns habitantes temem ser alvo de roubos. Persistem, também, em não abandonar seus pets, colocando em risco a própria segurança.
O jornalista Luciano Potter, também da Rádio Gaúcha (grupo RBS), acompanhou a situação in loco na região metropolitana durante a manhã. Ele destacou que, ao ficarem em suas casas, as pessoas não apenas arriscam suas vidas mas também dificultam o trabalho dos voluntários.
Potter mencionou que ainda existem indivíduos que não acreditam na gravidade da situação:
"As pessoas pensam que o nível da água vai baixar e que poderão retomar suas rotinas normalmente, amanhã", declarou o jornalista ao vivo, por volta das 10:00, em uma transmissão pelo Youtube da emissora.
A resistência de alguns em evacuar suas casas preocupa também os parentes:
"Há filhos pedindo que os pais deixem suas moradias, mas estão tendo (sic) muita dificuldade em convencê-los. O acesso à água potável e alimentos irá diminuir", ressaltou Kathlyn Moreira, ao reportar os impactos do desastre ambiental na Cidade Baixa e no Bairro Menino Deus, na capital do Rio Grande do Sul.
Nesse contexto, os barcos são essenciais tanto para resgate quanto para fornecimento de assistência às vítimas.
Uma voluntária entrevistada pela Rádio Gaúcha afirmou que os principais pedidos das vítimas são água e comida:
"Fazemos uma espécie de tele-entrega``, disse.
À medida que o tempo avança, a quantidade de barcos nas ruas da capital diminui.
Luciano Potter também alertou para o agravamento da situação com a chegada de uma frente fria a Porto Alegre nos próximos dias, conforme previsão do ClimaTempo.
"Com a queda de temperatura, torna-se ainda mais árduo para os voluntários adentrarem as águas para efetuar os resgates", enfatizou o repórter.
Este desastre natural, um dos mais severos já registrado no Rio Grande do Sul, impactou mais de 1,4 milhão de pessoas, e o total de vítimas fatais alcançou 100. A Defesa Civil prevê que a situação permaneça crítica, pelo menos, até domingo (12/06).
Se você está precisando de acolhimento, não tenha dúvidas em procurar ajuda profissional. Dirija-se a um centro de acolhimento. Você pode procurar uma igreja católica ou evangélica; todos os Centros de Tradições Gaúchas também estão com pontos de atendimento. Peça ajuda!"
Em caso de impossibilidade de se dirigir a um local de atendimento, o CRP autorizou os profissionais a atender de forma remota. Caso precise, procure atendimento na brigada militar do RS.
Se você é psicólogo ou conhece alguém que quer ajudar a atender as pessoas atingidas por essa tragédia, o governo do Rio Grande do Sul disponibilizou um formulário para cadastro de voluntários. Clique aqui e acesse.
Neste momento toda ajuda é bem vinda e necessária. Se você quiser ajudar, segue abaixo uma lista de instituições de nossa confiança que estão arrecadando donativos para ajudar o Rio Grande do Sul.
INSTITUTO FLORESTA
PIX: 27631481000190
BANCO DE ALIMENTOS
PIX: 04580781000191
FEDERASUL
PIX E-MAIL: SOSRS@FEDERASUL.COM.BR
THOMAS GIULLIANO E ACADEMIA SMALTI FIGHT
PIX E-MAIL: THOMAS.GIULLIANO@GMAIL.COM
FAZ CAPITAL / RENATA BARRETO:
PIX CPF - LUCAS FERRAZ: 008.768.770-48
BADIN COLONO E PRETINHO BÁSICO
PIX E-MAIL: enchentes@vakinha.com.br
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