Hunter Biden, filho do ex-presidente Joe Biden, foi acusado de tráfico de influência por uma reportagem do jornal New York Post.
A publicação também acusava indiretamente o pai e foi ao ar a menos de um mês das eleições americanas de 2020.
A denúncia se baseava em uma série de e-mails encontrados em um laptop de Hunter, que havia sido deixado em uma loja para conserto em Delaware, no ano anterior.
O dono do estabelecimento afirma ter contactado o FBI após encontrar conteúdos "chocantes". A agência apreendeu o laptop e o disco rígido em dezembro de 2019.
Um dos pontos do conteúdo era um e-mail de 2015, no qual um conselheiro da empresa ucraniana Burisma agradecia a Hunter pela "oportunidade de conhecer" Joe Biden.
A menção alimentou a narrativa de que Joe Biden teria favorecido a empresa na qual seu filho trabalhava.
Uma das maiores polêmicas relacionadas ao conteúdo envolve o pedido de afastamento do promotor Viktor Shokin.
Joe Biden pressionou o governo da Ucrânia a demitir Shokin, sob ameaça de reter um bilhão de dólares em ajuda americana.
O caso aconteceu entre 2015 e 2016, época em que ele ocupava o cargo de vice-presidente dos Estados Unidos sob a gestão Obama.
A justificativa oficial era que Shokin seria conivente com a corrupção. Posição compartilhada pela União Europeia, pelo Fundo Monetário Internacional e outros aliados ocidentais.
No entanto, a polêmica começou porque Hunter Biden fazia parte da Burisma Holdings, investigada por corrupção.
Para críticos do ex-presidente, havia um conflito de interesses e sua pressão pela demissão de Shokin poderia ter servido para proteger o filho.
O jornalista John Solomon, então colunista do The Hill, foi um dos principais nomes a divulgar essa versão. Em entrevista em God Complex, da Brasil Paralelo, declarou:
“Acontece que esse procurador estava investigando o filho dele, Hunter, na Ucrânia. E essa história explodiu como uma bomba. Eu trabalhava no The Hill, um veículo de notícias considerado bastante respeitado e de linha relativamente tradicional. E, por dois meses, The New York Times e ABC News — é só conferir — confirmaram minha história, todos disseram que era verdadeira.”
Solomon sustentou que a demissão de Shokin interrompeu investigações sobre a Burisma e apontou que Biden teria atuado para proteger Hunter.
A campanha de Biden negou a acusação, afirmando que não havia registro oficial de um encontro com o executivo da Burisma.
A verificações da BBC, Reuters e FactCheck.org contestam. Afirmando não haver provas de que Shokin estivesse conduzindo uma investigação contra Hunter Biden.
Poucas horas após a publicação do New York Post, plataformas como Twitter e Facebook intervieram para conter a disseminação da história.
O Twitter bloqueou os links para a matéria, citando violação de sua política contra material hackeado. A conta do jornal chegou a ficar suspensa até que os tweets fossem removidos.
O Facebook também reduziu a distribuição do conteúdo, aguardando verificações independentes.
A Brasil Paralelo investiga a máquina de censura norte-americana em God Complex, o primeiro lançamento original para o público americano.
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