Ontem (19/12), a Suprema Corte do Colorado decidiu que Donald Trump está inelegível em seu Estado. O ex-presidente ainda pode recorrer da decisão, que ainda será analisada pela Suprema Corte federal.
Trump considerou a decisão vergonhosa para a história dos EUA, preparando-se para lutar contra a sentença do tribunal.
Entenda o que motivou a decisão e a repercussão do caso na política americana e internacional.
O tribunal superior do Colorado entendeu que Donald Trump cometeu um crime de "insurreição" contra a Constituição americana. O suposto crime seria apoiar a invasão do Capitólio do dia 6 de janeiro de 2021.
Em um tweet de 2021, Trump convocou seus apoiadores para uma manifestação em Washington, sem mencionar ou apoiar atos de vandalismo. Para a Suprema Corte do Colorado, a atitude configura crime contra a 14ª emenda da Constituição americana.
A cláusula proíbe a participação em cargos públicos daqueles que se envolverem em "insurreição ou rebelião” após juramento à Constituição.
A Corte, majoritariamente formada por indicações de políticos democratas, declarou oficialmente:
"Não chegamos a essa conclusão levianamente. Estamos conscientes da magnitude e do peso das questões que agora temos diante de nós.
Estamos igualmente conscientes do nosso dever solene de aplicar a lei, sem medo ou favorecimento, e sem sermos influenciados pela reação pública às decisões que a lei exige que tomemos”, disse o comunicado.
O ex-presidente dos EUA está lutando contra a processos de inelegibilidade desde o início da sua pré-campanha. Segundo ele, Biden e agentes do establishment querem impedir sua eleição para continuar usando o governo dos EUA em interesse próprio.
Segundo o Comitê de Supervisão e Responsabilidade do Congresso dos EUA:
"Desde janeiro , o Comitê de Supervisão descobriu como os Bidens e seus associados criaram mais de 20 empresas de fachada, arrecadaram mais de US$ 24 milhões de dólares da China e de outros países estrangeiros, identificaram nove membros da família Biden que participaram ou se beneficiaram dos esquemas comerciais, e confirmou que Joe Biden interagiu com os parceiros de negócios de sua família pelo menos duas dúzias de vezes".
Donald Trump afirmou que a decisão "é uma vergonha" para os Estados Unidos. Em seu perfil na Truth Social, ele comentou:
"Biden deveria retirar todas essas acusações políticas falsas contra mim, tanto criminais quanto civis. CADA CASO QUE ESTOU LUTANDO É TRABALHO DO DOJ E DA CASA BRANCA. NUNCA ACONTECEU TAL COISA EM NOSSO PAÍS ANTES. REPÚBLICA DA BANANA??? INTERFERÊNCIA ELEITORAL!!!".
O ex-presidente também compartilhou a análise feita por Charlie Hurt, na Fox News:
“Os democratas no Colorado têm tanto medo de permitir que os eleitores americanos votem e escolham o próximo presidente que estão dispostos a fazer coisas extrajudiciais, a fim de impedir a escolha do povo de estar nas urnas.
Para eles, preservar a democracia exige destruir a democracia".
Inimigos e concorrentes de Trump a candidatura presidencial pelo partido Republicano também condenaram a decisão.
O ex-governador de Nova Jersey, Chris Christie, um dos maiores críticos de Trump dentro do partido, disse que a decisão foi “provavelmente prematura” porque ele ainda não foi julgado por incitar à insurreição, afirmando:
“Não acredito que Donald Trump deva ser impedido de ser presidente dos Estados Unidos por qualquer tribunal. Acho que ele deveria ser impedido de ser presidente pelos eleitores deste país”, disse Christie.
O governador da Flórida e concorrente de Trump, Ron DeSantis, também atacou o que considerou um exagero judicial:
“A esquerda invoca a ‘democracia’ para justificar o uso do poder, mesmo que isso signifique abusar do poder judicial para retirar um candidato do escrutínio com base em fundamentos jurídicos espúrios”, escreveu em seu perfil do X.
Um ex-presidente do país mais rico do mundo não seria condenado de forma abrupta. O contexto político que levou à condenação de Trump é explicado em detalhes na trilogia O Fim das Nações, da Brasil Paralelo - toque aqui para assistir gratuitamente.
Em diversos momentos históricos, os acontecimentos dos EUA já se provaram um termômetro do que acontecerá no Brasil:
"A eleição de um país decide o futuro de um país, mas a eleição dos EUA decide grande parte do futuro do mundo inteiro", disse Filipe Valerim.
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