Direita e esquerda em debate inédito: Brasil Paralelo lança novo programa com Ricardo Salles e Arlindo Chinaglia

A Brasil Paralelo irá lançar hoje, 28, o Xeque-Mate, uma série em quatro episódios com Ricardo Salles (Novo-SP) e Arlindo Chinaglia (PT-SP) expondo seus argumentos em um ambiente de respeito e diálogo. 

O formato é inspirado no famoso “The Great Debate”, quadro do jornal Cuomo Prime me Time, da CNN. A ideia é abordar temas polêmicos envolvendo representantes de lados opostos da política brasileira, promovendo um confronto direto de ideias.

O primeiro episódio abordará as investigações sobre a acusação feita contra Jair Bolsonaro e seus aliados de tentar dar um golpe de Estado após as eleições de 2022. 

O relatório da Polícia Federal, que resultou no indiciamento de Bolsonaro e mais 36 pessoas, será analisado pela Procuradoria-Geral da República. Áudios divulgados recentemente dividem opiniões sobre o envolvimento de Bolsonaro, com aliados defendendo sua inocência e adversários afirmando o contrário. 

Os convidados do Xeque-Mate também discutirão a atuação do Supremo Tribunal Federal no caso. Alguns analistas jurídicos consideram que o ministro devia se declarar impedido por ser uma das vítimas do plano investigado, outros que esse afastamento não é necessário. 

Conheça um pouco mais sobre os debatedores.

Uma Voz Liberal-Conservadora

Advogado por formação, o deputado federal Ricardo Salles cursou direito na Universidade Presbiteriana Mackenzie e especializou-se em Direito Empresarial. 

Antes de se tornar uma figura marcante na política nacional, construiu uma carreira no setor privado, no qual também adquiriu experiência como consultor. 

Aos 49 anos, ele já trabalhou como Secretário do Meio Ambiente do Estado de São Paulo entre 2016 e 2017, durante a gestão de Geraldo Alckmin.

No governo de Jair Bolsonaro (PL-RJ) foi nomeado Ministro do Meio Ambiente, cargo que ocupou até 2021. Sua gestão foi caracterizada por buscar a redução da burocracia ambiental e flexibilização do licenciamento, gerando discussões sobre o impacto de suas políticas nos ecossistemas brasileiros.

Entrou na política através do movimento liberal-conservador e de sua participação em grupos de discussão e formulação de políticas públicas. 

Filiado ao Partido Novo, encontrou um espaço para alinhar suas ideias de redução do Estado e defesa da propriedade privada com uma plataforma partidária que valorizava a eficiência administrativa e a liberdade econômica. 

Um dos fundadores do PT

Formado pela Universidade de Brasília (UNB) e especialista em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo (USP), Arlindo Chinaglia Júnior é um nome de destaque também na política brasileira. Ele tem 74 anos e é natural de Serra Azul, SP. Destacou-se como líder sindical, atuando como presidente da Associação dos Médicos Residentes do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo.

Também presidiu o Sindicato dos Médicos do Estado de São Paulo por três mandatos. Nos anos 80, Chinaglia foi uma força ativa na fundação do Partido dos Trabalhadores (PT), ao lado de Lula. Também esteve na linha de frente da criação da Central Única dos Trabalhadores (CUT), onde foi presidente em São Paulo entre 1988 e 1989.

Entrou para a política em 1990, quando foi eleito deputado estadual pela primeira vez. 

Dentro da Câmara, atuou como presidente da Comissão de Fiscalização e Controle e, depois, como Líder da Bancada do PT.

Com a eleição de Dilma Rousseff, tornou-se Líder de Governo até 2014, quando se tornou vice-presidente da Câmara e do Congresso Nacional. 

Atualmente, exerce seu sétimo mandato na Câmara dos Deputados.