Um cruzamento de dados do Bolsa Família revelou que beneficiários do programa social realizaram transações suspeitas de lavagem de dinheiro para o Primeiro Comando da Capital (PCC), segundo a Gazeta do Povo.
O COAF identificou o esquema, que envolveu dezenas de operações via Pix com a Fintech 2GO, investigada por elo com a facção.
Ao analisar movimentações financeiras de beneficiários do Bolsa Família, o Coaf detectou atividades incompatíveis com o perfil de baixa renda exigido pelo programa. Um relatório enviado à Polícia Federal (PF) apontou 68 pessoas em transações com a 2GO entre novembro de 2022 e outubro de 2023.
Entre os casos, um vendedor de Maricá (RJ), de 31 anos, recebia R$800 mensais do programa, mas movimentou milhares em Pix, levantando suspeitas de atuação como "laranja" do PCC.
"O PCC usa fintechs como a 2GO para lavar dinheiro do tráfico, aproveitando brechas na fiscalização do Bolsa Família." A PF investiga se esses beneficiários integram a rede criminosa ou foram vítimas de golpes.
O governo reconheceu falhas na fiscalização do programa. A Controladoria-Geral da União (CGU) informou que dados desatualizados dificultam identificar fraudes, segundo relatório de dezembro de 2024.
O Ministério do Desenvolvimento Social prometeu aprimorar o sistema em 2025, mas a revogação de uma norma que obrigava fintechs a reportar ao Coaf, após Fake News sobre taxação do Pix, foi criticada por facilitar crimes.
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