Durante o governo de Joseph Stalin, a União Soviética era composta por diversos países localizados ao redor da Rússia. A Internacional Comunista era um objetivo claro da política russa: expandir seu sistema político pelo globo terrestre.
A Ucrânia pertencia à URSS.
Em 1928, Stalin direcionou a política de produção russa quase que inteiramente para a metalurgia, através do Plano Quinquenal. A intenção era fazer com que a Rússia deixasse de ser um país agrícola e se tornasse uma nação industrializada.
Para manter as políticas soviéticas, o governo necessitava recorrer à importação de alimentos.
O território russo não conseguia produzir os alimentos necessários para todos os soldados e cidadãos.
Desde o início da URSS era frequente a falta de itens básicos no país.
Após a abolição da propriedade privada na Rússia, em 1917, a produção de itens básicos do país declinou abundantemente, motivando Lênin a criar a Nova Política Econômica. O país retornou ao capitalismo por um tempo para garantir suprimentos básicos.
Na década de 30 não foi diferente. Motivado pela escassez de produtos básicos na Rússia, Stalin realizou uma das políticas mais rigorosas da URSS.
A Ucrânia da década de 30 possuía uma grande produção de trigo, a base para o alimento mais básico da humanidade, o pão.
Desesperado para satisfazer sua população, Stálin mobilizou grande parte de suas tropas para recolherem as colheitas ucranianas, pertencentes ao território da URSS.
A ordem soviética instigou os ucranianos a fugirem do país. Se ficassem, não teriam o que comer.
Stalin percebeu a movimentação dos ucranianos e ordenou que o exército vermelho fechasse as fronteiras da Ucrânia, gerando grande conflito. Se os ucranianos fugissem, não haveria comida para a Rússia.
Sem ter para onde ir e com toda a produção exportada à força, o povo ucraniano entrou na maior crise de toda sua história.
Se os ucranianos tentassem fugir, seriam considerados inimigos do povo, condenados a pena de fuzilamento.
Milhões de pessoas morreram de fome. As menores contagens confiáveis indicam 5 milhões de mortos.
Walter Duranty, correspondente do The New York Times em Moscou, disse por correspondência a William Strang, diplomata britânico na Rússia, em 1932, que ele pensava ser “bem possível que até 10 milhões de pessoas tenham morrido diretamente ou indiretamente por falta de comida”.
Os historiadores Thomas Woods e Robert Conquest explicam que, devido aos efeitos da fome ao longo prazo e as prisões e assassinatos dos dissidentes, pode-se contabilizar 14,5 milhões de mortos até 1937.
A fome era tamanha que há registros de canibalismo.
O grande genocídio comunista foi chamado de Holodomor, palavra ucraniana que significa mortos pela fome.
A Ucrânia possui diversos rituais em homenagem às vítimas. O 4º sábado do mês de novembro é o dia oficial em que os ucranianos se reúnem e fazem memória dos antepassados assassinados.
Kiev, a capital do país, possui um museu de 14 mil km2 em homenagem às vítimas de Stalin. O intuito do museu também é guardar a memória do ocorrido para as gerações posteriores.
Curiosamente, o Holodomor não é ensinado nas escolas brasileiras, nem mesmo lembrado pela grande mídia.
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