Ela quebrou padrões ao se tornar a primeira mulher vice-presidente dos Estados Unidos e vem se mostrando uma figura política que provoca debates acalorados.
Mas quem é Kamala Harris, a atual candidata à presidência da maior potência econômica do mundo?
Depois da renúncia de Biden à candidatura para reeleição, Kamala foi a escolhida pelo Partido Democrata para a corrida presidencial, cuja votação acontecerá no dia 5 de novembro.
Caso vença, ela será a primeira mulher a ocupar a presidência americana e também a primeira mulher negra no cargo.
Kamala Harris nasceu na Califórnia em 1964, em uma família de acadêmicos. Sua mãe era uma pesquisadora médica na Índia e seu pai, um economista jamaicano.
Eles se conheceram quando eram estudantes na Universidade da Califórnia em Berkeley e tiveram duas filhas, Kamala e Maya, antes de se separarem.
Casada com Douglas Emhoff desde 2014, é madrasta dos dois filhos dele de um casamento anterior. O casal não tem filhos.
Kamala cursou direito na Universidade Hastings, classificada segundo o programa Face Oculta, da Brasil Paralelo, como a 80ª universidade mais seletiva dos Estados Unidos.
Isso significa que, embora seja uma instituição respeitável, não está entre as mais difíceis de se ingressar.
Ao terminar o curso, a democrata foi reprovada na primeira vez que tentou fazer o exame da Ordem dos Advogados.
Passou na segunda tentativa e quando questionada a respeito, disse:
"O exame não é uma boa medida da sua capacidade".
Depois de sair da universidade, Kamala seguiu a carreira jurídica, a princípio com sucesso moderado.
Foi procuradora-geral adjunta do Condado de Alameda, Califórnia, por oito anos. Anos mais tarde, afirmou que sua atração pela área jurídica vinha do desejo de estar presente nas mesas onde as decisões importantes são tomadas.
Mas Kamala ainda não havia conseguido acesso a essa mesa.
Em 1993, conheceu Willie Brown, um político famoso no estado da Califórnia. Brown foi deputado por 30 anos e presidente da Assembleia do estado por outros 15.
Na época, ele tinha 60 anos e ela 29. Ele havia se separado da esposa recentemente e engatou um romance com a jovem.
Depois de seu romance com Brown, Harris se tornou uma das principais promotoras de São Francisco. Na função, teria implementado políticas duras para combater a criminalidade.
Em 2019, Brown escreveu um artigo para um jornal intitulado "Sim, eu namorei Kamala Harris".
Na publicação, escreveu:
"É verdade, eu posso ter influenciado a carreira dela porque eu a nomeei para dois cargos estatais e, certamente, eu a ajudei na primeira disputa dela para virar procuradora em São Francisco. Eu ajudei a lançar a carreira dela há 40 anos".
Ao que a democrata respondeu:
"Eu não devo nada a ele. Ele é um albatroz pendurado no meu pescoço".
Ainda segundo a atração, quando é acusada de ter prendido um número excessivo de negros, ela nega a acusação. A vice-presidente tentaria criar a imagem de promotora progressista para agradar seu eleitorado.
No entanto, um artigo do The New York Times contesta essa versão. Na publicação assinada por Lara Bazelon em 2019, Kamala Harris é descrita como alguém que “lutou com unhas e dentes para manter pessoas inocentes na cadeia”.
Uma dessas pessoas seria Kevin Cooper, que estava na ala dos condenados à morte na prisão de San Quentin, na Califórnia.
Na época de seu julgamento, a defesa pediu um teste de DNA das manchas de sangue em uma camiseta e em um machado para provar que Cooper era inocente, mas ela teria se recusado a permitir que o teste fosse feito.
O texto tem o título “Kamala Harris Não Foi uma Promotora Progressista" e relata ainda supostos casos de provas forjadas pelo seu escritório no início dos anos 2010.
O Face Oculta afirma que as acusações teriam criado uma imagem centrista de Kamala, algo que a atrapalharia na hora de conseguir votos.
“No clima atual, a campanha política de Kamala Harris precisa criar a imagem de que ela foi uma promotora progressista, e essa imagem antiga de centrista a atrapalha bastante entre os seus eleitores".
No entanto, a guerra de narrativas em torno de suas ideologias seria proposital. Willie Brown teria dito que esse tipo de confusão seria útil:
“Se ela deixa as pessoas sempre tentando adivinhar o que pensa, então ela pode ajustar a sua interpretação cada vez que encontra você".
O programa também revelou depoimentos de ex-funcionários da democrata, que a chamam de “bully”, termo em inglês para descrever aqueles que praticam bullying com alguém.
Algumas pessoas que trabalharam com na vice-presidência, a acusam de ser ríspida com seus subordinados, além de os xingar constantemente.
Outra acusação é que Kamala instruía seus subordinados a evitarem o contato visual direto com ela.
O clima imposto por ela seria tão ruim que 92% dos seus funcionários teriam pedido demissão nos primeiros 3 anos de seu período como vice-presidente.
Kamala também é conhecida pelo seu jeito peculiar de falar, que para nós brasileiros talvez lembre a de uma antiga presidente.
Já opositores levantaram a suspeita de que ela não dá entrevistas sem ler um roteiro. No entanto, essa informação nunca foi confirmada.
A trajetória de Harris é descrita por ela como de sucesso e de idealismo, mas o Face Oculta garante que “há um lado oculto” em sua história. Você pode assistir o episódio completo gratuitamente no Youtube da Brasil Paralelo.
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