Caiado diz que “ninguém aguenta mais” os discursos de membros da direita

Ronaldo Caiado (União Brasil) criticou a forma de Jair Bolsonaro (PL) e sua forma de fazer política. 

Em entrevista ao jornalista Ranier Bragon ontem, 28 de outubro, disse que “ninguém aguenta mais” as falas do de alguns membros da direita. 

“O que esta eleição demonstrou? Que nós estamos, de uma certa maneira, cansados dessas posições, do que chamo de falsos dilemas ideológicos. Ninguém aguenta mais, uma conversa chata, cansativa, enjoada, as pessoas acham que de repente são professores de Deus".

Aos 75 anos, o governador de Goiás comemorou a vitória de Sandro Mabel (União Brasil) como prefeito de Goiânia. Mabel derrotou Fred Rodrigues (PL), que era apoiado por Bolsonaro. 

Caiado criticou a estratégia do PL de lançar candidatos sem consultar lideranças locais. Para ele, essa abordagem não respeita as particularidades de cada região e desrespeitou ex-aliados. 

"Bolsonaro foi por um caminho, mas agiu de forma muito indelicada com deputados, prefeitos e governadores que estiveram ao seu lado".

Ele defendeu ainda que a eleição de 2024 foi "educativa", demonstrando a necessidade de respeitar os representantes políticos estaduais e municipais e de construir acordos políticos. 

"Eles achavam que bastava lançar 22 e seria eleito. Nós demonstramos que não".

Apesar das críticas, o político negou ter se arrependido de participar de um ato junto a Bolsonaro na Avenida Paulista em fevereiro, argumentando que era um "momento de fragilidade" do ex-presidente.

O povo está doido para ter emprego, renda, saúde e educação

O político goiano criticou especialmente o que chamou de "falsos dilemas ideológicos" e a postura de quem tenta impor uma visão única sobre como as pessoas devem pensar e agir. 

“Tem que ser assim, falar desse jeito, se não for assim, você é comunista. Se não for assim, você vai ser condenado. [...]. O povo tá doido para ter emprego, renda, educação, saúde, lazer. Você precisa mostrar por que você quer governar, não é criar uma situação de guerra de secessão no país”.

Caiado reafirmou sua intenção de concorrer à Presidência em 2026, afirmando que a decisão não depende da aprovação ou do apoio de outras pessoas, incluindo Bolsonaro. 

Explicou ainda que sua candidatura será lançada independentemente das circunstâncias políticas ou alianças partidárias.

O governador também ressaltou seu compromisso em fazer uma campanha forte para chegar ao segundo turno das eleições presidenciais.

O possível rompimento definitivo entre Ronaldo Caiado (União Brasil) e Jair Bolsonaro (PL) pode mudar o cenário para as eleições de 2026. O governador de Goiás reafirmou que irá se candidatar e que o povo quer “emprego, renda, saúde e educação”.