Milhares de mães cariocas passam o dia preocupadas se seus filhos voltarão ou não para casa. Elas também precisam estar atentas se suas crianças e adolescentes serão cooptadas pelas facções que dominam a região em que moram.
Ao se despedirem de seus maridos que estão indo trabalhar, rezam para que eles passem pela Avenida Brasil e não sejam surpreendidos com um tiroteio na pista que os obrigue a descer do ônibus e se abrigar em baixas divisas de pedra na esperança que elas o defendam dos tiros de fuzis. Uma das tarefas mais árduas do dia a dia de um trabalhador carioca, é voltar vivo para casa.
Os turistas provam um pouco dessa realidade ao chegar na cidade. A jovem Valentina Betti Simioni foi baleada por tiros de fuzil após seu pai entrar por engano no Complexo da Maré em setembro de 2024. Eles moravam na cidade de Belo Horizonte-MG e estavam no Rio de Janeiro para ir ao Consulado Americano resolver questões do visto.
“Eles deram alguns tiros, uns 6 ou 8 tiros, e eu olhei para ela e falei: ‘Pegou em você?’. Ela disse: ‘Não, papai, não pegou’. E aí eu continuei acelerando. Já estava a uns 400, 500 metros da saída da favela para a avenida. Quando eu consegui sair, ela encostou e falou: ‘Papai, tomei um tiro, sim’. Aí, eu fiquei desesperado, comecei a acelerar", relatou o pai da garota.
Após 20 dias internada, Valentina recebeu alta. Nenhum dos criminosos foram presos, uma realidade muito comum no Rio de Janeiro. A cidade tem uma das piores taxas de resolução de homicídio, com apenas 11% dos dados sendo solucionados. Engana-se quem pensa que a criminalidade reside apenas nas ruas.
Nos luxuosos palácios governamentais, herança histórica de um Rio de Janeiro que era o centro político do Brasil, residiram pessoas acusadas e condenadas pela justiça. Segundo uma matéria de 2020 do Poder 360, em apenas 4 anos, 6 governadores do Rio foram afastados ou presos.
Uma cidade linda, bela, conhecida por sua rica história, está à mercê do crime que se faz presente desde o controle de facções criminosas nos mototáxi nas favelas até na política partidária. Existe alguma solução para o Rio de Janeiro?
O primeiro passo é compreender o problema. A Brasil Paralelo foi até a cidade para entrevistar pessoas que combatem e vivem com o crime de perto. Uma produção arriscada, com imagens exclusivas de dentro de algumas das favelas mais perigosas do país.
Tudo isso estará disponível em nosso novo documentário “Rio de Janeiro: Paraíso em Chama”. Clique no link abaixo e garanta o seu acesso gratuito:
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