Jair Bolsonaro (PL), considera que a eleição de Trump pode ajudá-lo a voltar ao Palácio do Planalto. Em entrevista à Folha de São Paulo ontem, 6 de outubro, o ex-presidente falou sobre o “sonho de ajudar o Brasil” em um eventual retorno.
O ex-presidente relacionou esse acontecimento com a necessidade de eleger uma bancada forte no Congresso brasileiro para viabilizar seu “sonho”.
Também analisou qual seria o cenário ideal caso volte a governar. Segundo ele, hoje seu grupo teria cerca de 20% da Câmara dos Deputados e 15% do Senado.
No entanto, considera esses números insuficientes para seus objetivos políticos.
Olhando para o futuro, mostrou-se otimista sobre as eleições de 2026. Ele ainda prevê um crescimento da bancada alinhada a ele no Senado.
No entanto, descreve a possível trajetória como “uma caminhada de mil passos”, na qual cada um deles importa.
Sobre sua presença na posse de Trump, afirma que pedirá autorização do STF caso seja convidado. Isso porque a sentença que o tornou inelegível no ano passado também o proíbe de deixar o país.
A possibilidade de que o convite seja feito é real. O ex-presidente brasileiro e o eleito para os Estados Unidos são bastante próximos.
O filho do presidente, Eduardo Bolsonaro (PL/RJ), acompanhou a apuração na casa de Trump, em Palm Beach:
“Você acredita na vitória? Go Trump”, publicou em suas redes sociais.
Se o convite se confirmar, pretende ingressar com uma petição junto à Corte. Acredita que uma negativa seja improvável.
“Moraes vai falar não para o cara mais poderoso do mundo? Eu sou ex-presidente. O cara vai arranjar uma encrenca por causa do ex-presidente? Ele acha que vou para os Estados Unidos e vou ficar lá?”
Sobre sua relação com Donald Trump, avalia que os dois tinham um bom relacionamento.
"Trump se preocupava com o Brasil. Ele não queria que virássemos uma Venezuela".
Bolsonaro crê que Trump deseje vê-lo elegível, mas garante que não conversou com o americano sobre o assunto.
Contou que eles discutiam sobre comércio, aço, etanol e outros produtos e que Trump ajudou o Brasil a se aproximar da OTAN. Isso deu ao país acesso a tecnologia militar mais barata e rápida.
Disse ainda que o presidente-eleito via o Brasil como importante para a América do Sul.
“Ele queria que o Brasil fosse um exemplo de democracia".
Sobre o impacto da vitória de Donald Trump, acredita que as consequências serão mundiais, rememorando que não houve grandes conflitos mundiais durante o governo anterior de Trump.
"Os Estados Unidos são a maior democracia do mundo. Eles têm muito poder".
O ex-presidente também falou sobre o apoio de Elon Musk a Trump. Para ele, isso mostra que “Trump defende a liberdade e a democracia global”.
Declarou ainda ter sido o último líder mundial a reconhecer a vitória de Joe Biden nas eleições americanas. O gesto não teria sido esquecido.
“Eu estou para ele como o Paraguai está para o Brasil”.
Ao terminar seu mandato, Bolsonaro se recusou a passar a faixa para Lula. Revelou não se arrepender.
No entanto, lamenta a forma como tratou parte da imprensa nos anos em que esteve no poder.
“Eu fui muito impetuoso muitas vezes”.
Ainda sobre o fim de seu governo, conclamou a soltura das pessoas presas em 8 de janeiro do ano passado, alegando que as detenções são uma forma de Moraes puni-lo.
“Manda soltar esses coitados que estão presos a 17 anos de cadeia”.
Sobre a recente citação a um suposto apoio a Michel Temer, disse que não fala sobre o assunto.
No dia 4 de novembro, o jornalista Esmael Morais afirmou em seu blog que os dois teriam acertado apoio para 2026, caso Bolsonaro não possa mesmo concorrer.
Entretanto, classifica Temer como “um vice”.
Ao comparar as situações políticas do Brasil e dos Estados Unidos, Bolsonaro destacou pontos em comum e diferenças entre os dois países.
Afirmou que muitos eventos políticos nos EUA têm paralelos no Brasil. Um dos exemplos é as tentativas de assassinato que ele e Trump sofreram:
“Tentaram de todas as maneiras colocar na conta do Trump”.
No entanto, reconheceu várias diferenças entre ambos. Descreveu o americano como líder de um país muito rico, com conexões importantes e grande fortuna pessoal.
Ao final, avaliou a vitória de Trump como um sinal para o Brasil seguir um caminho de “correção e integridade política”.
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