Segundo o relatório da instituição Freedom House, em 2022 mais de 5 bilhões de pessoas vivem sob ditaduras plenas ou autocracias eleitorais. O número tem crescido nos últimos anos.
Atualmente, 7 em cada 10 pessoas no mundo vivem em um país considerado sem liberdade e sem democracia.
Para realizar o cálculo, foi utilizada a análise do instituto sueco V-Dem, um dos mais renomados globalmente na classificação de regimes políticos. A proporção em relação aos 8 bilhões de habitantes foi feita pela Folha de S. Paulo, com base nas projeções populacionais recentes feitas pela ONU.
Legenda da imagem:
Cerca de 3,6 bilhões de pessoas vivem sob autocracias eleitorais. Nestes países é possível votar em eleições multipartidárias e escolher um líder, mas a liberdade de expressão é restrita e a independência de instituições como o legislativo e o judiciário foram suprimidas.
Outros 2,1 bilhões vivem em ditaduras. Os pleitos eleitorais não são mais uma realidade ou se tornaram algo de fachada, sem competição política real e com perseguição a opositores do regime em vigor.
Segundo o relatório da Freedom House, de 2005 a 2021, a proporção de pessoas vivendo em regiões livres caiu de 46% para 20,3%.
Em números absolutos, 89 países no mundo são governados por regimes democráticos, contra 90 com regimes autoritários. O continente africano é a região com a maior fatia da população vivendo sob autocracias eleitorais e ditaduras, cerca de 85%.
Segundo Rudolph J. Rummel, acadêmico e professor americano de ciência política, só no século XX estima-se que 262 milhões de pessoas morreram vítimas diretas da ação de governos.
Na maior parte das vezes, segundo o autor, vítimas de governos comunistas e autoritários.
Os dados estão em seus livros Death by Government e Statistics of Democide. Para o cientista político:
“Quanto mais poder um regime tiver, maiores são as chances de que uma pessoa seja morta. Esse é um grande motivo para promover liberdade”.
O professor concluiu: “poder político concentrado é a coisa mais perigosa da Terra”.
Forte repressão militar, violação de direitos básicos, perseguição e censura de opositores, relativização dos direitos e da liberdade dos cidadãos, estas são algumas das acusações que o governo da Nicarágua enfrenta.
O governo de Daniel Ortega na Nicarágua, desde 2018, vem perseguindo sistematicamente os opositores, exilando, encarcerando ou eliminando-os.
Jornalistas foram presos por denunciar ações do governo. Empresas de comunicação fogem do país por temer a repressão violenta do atual regime. Instituições religiosas alegam opressão e perseguição.
Desde antes de novembro de 2022, a polícia nacional nicaraguense começou a perseguir e prender familiares de exilados políticos que criticam a ditadura estando fora do país.
Em novembro de 2022, o presidente Daniel Ortega e sua vice Rosario Murillo realizaram eleições municipais sem competência para se manter no poder. No processo eleitoral, candidatos da oposição foram presos ou exilados, assim como jornalistas e outras vozes dissidentes.
A Organização dos Estados Americanos (OEA) não reconheceu as eleições. A manobra dos governantes junto a polícia e o exército nacional permitiram que o sandinismo se consolidasse como um regime de partido único em todos os 153 municípios do país.
O ex-líder guerrilheiro já soma 29 anos no poder e vem concentrando cada vez mais poder em suas mãos.
Dia 08 de fevereiro, às 20h, estreia NICARÁGUA: Liberdade Exilada. Uma investigação inédita que explica como foi o processo de tomada do poder na Nicarágua por Daniel Ortega e a construção de uma das ditaduras mais violentas da atualidade.
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