Jerry Coyne critica a dificuldade de Kat Grant em definir "mulher". No artigo “O que é uma mulher?”, Grant diz que “uma mulher é quem ela diz ser", o que Coyne contesta em seu artigo "A Biologia Não É Intolerância".
No ensaio “A biologia não é intolerância”, ele argumenta que as definições de sexo e gênero não devem ser limitadas a visões estreitas;
A publicação levou à sua saída da Freedom From Religion (FFRF), um grupo antirreligioso que ele mesmo define como “um guarda-chuva para aqueles que são livres de religião e estão comprometidos com o princípio estimado da separação entre Estado e Igreja”.
No texto, Coyne sustenta que o ativismo de gênero pode desviar a Freedom From Religion (FFRF) de seu foco.
No entanto, ter opiniões consideradas “de esquerda” não foi suficiente para que ativistas trans não o atacassem e o chamassem de “transfóbico”.
Em resposta, a FFRF retirou o texto do ar e pediu desculpas àqueles que se sentiram ofendidos. O autor ficou revoltado, acusando o grupo de “ignorar a ciência” em prol do que chamou de "ideologia quase religiosa".
Ele conseguiu publicar o ensaio novamente no site Free Inquiry, que colocou um aviso sobre a sensibilidade do tema antes do texto. Leia em inglês.
Coney também se desligou da FFRF, da qual era membro do conselho honorário.
Essa situação ilustra como as discussões sobre a ideologia de gênero muitas vezes são tratadas como algo simples. Ao pesquisar o assunto mais a fundo, a Brasil Paralelo descobriu que por trás de uma ideia aparentemente bem intencionada, estão interesses que alguns sequer podem imaginar.
As Grandes Minorias traz um olhar crítico sobre o tema, proporcionando ao espectador a oportunidade de refletir mais profundamente sobre o assunto. Assista:
Coyne acredita que no gênero baseado em papéis sociais, mas isso não exclui que biologicamente só existem o masculino e o feminino.
Ele argumenta que aceitar a realidade biológica do sexo binário não é “transfóbico”, e rejeita conceitos fundamentados em ideologia.
"Argumentos tendenciosos sobre a definição de sexo não fazem parte de nenhuma das nossas missões. Como um ateu liberal, estou o mais distante possível do nacionalismo cristão!”
Para ele, ninguém deve ter que escolher entre a realidade científica e os direitos dos trans.
“Pessoas transgênero devem certamente desfrutar de todos os direitos morais e legais de todos os outros. Mas os direitos morais e legais não se estendem a áreas em que a ´marca indelével´ do sexo compromete os direitos legais e morais de outros”.
Coyne sustenta que biologicamente:
Coyne contesta a ideia de que transgêneros são menos propensos a serem predadores sexuais, apresentando dados do Ministério da Justiça do Reino Unido e do Censo do Reino Unido.
A estatística aponta que:
Observações semelhantes foram feitas também na Escócia, na Nova Zelândia e na Austrália.
Em relação à participação de mulheres trans no esporte, o biólogo argumenta que aquelas que são aptas a competir de acordo com as regras do Comitê Olímpico Internacional (COI) são "quase inexistentes".
Isso porque as diretrizes exigem que mulheres trans tenham completado a transição antes dos 12 anos para competir na categoria feminina, a fim de evitar vantagens percebidas por conta da puberdade masculina.
Além disso, pelo menos 10 esportes olímpicos, como atletismo, ciclismo, natação, rugby, remo e boxe, passaram a restringir a participação de atletas transgênero.
“Acontece que não existem casos documentados de alguém que tenha transacionado antes dessa idade”, explica.
Coyne defende que o sexo é binário e que exceções raras, como intersexo, não invalidam essa definição. Ele ainda critica a ideia de que o sexo pode ser alterado psicologicamente.
A remoção do ensaio A biologia não é intolerância, do site de uma organização abertamente ligada a ideias progressistas demonstra que a ideologia de gênero alcançou outro nível.
Agora, nem mesmo ter opiniões semelhantes em outros campos livra as pessoas de serem repreendidas em sua liberdade de expressão. Essa situação tem causas profundas, exploradas pela Brasil Paralelo no original As Grandes Minorias, disponível gratuitamente no Youtube.
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