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Cinema
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A Vida e Legado de David Lynch, mestre do surrealismo cinematográfico

Conheça a vida e o legado do visionário que transformou a forma de contar histórias e mudou a forma de se fazer cinema e TV.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
17/1/2025 16:42
Getty Images North America / AFP

David Lynch, ícone do cinema surreal, faleceu aos 78 anos. Pai de quatro filhos, foi casado quatro vezes."

Sua carreira destacou-se com a série de sucesso Twin Peaks (1992), que influenciou produções como Arquivo X.

 Apesar de ser um mestre em criar atmosferas sensoriais através da música e fotografia, Lynch também enfrentou fracassos, como a primeira adaptação de Duna (1984).

Segundo o cineasta mineiro Vinícius Gomes, Lynch dizia que gostava das coisas que deixam espaço para sonhar, já que “mistérios desvendados no final destroem os sonhos”. 

“Esse pensamento fica evidente no maravilhoso filme “Uma História Real” (1999), que na minha opinião, é a melhor obra de Lynch”.

A trajetória de Lynch mostra o poder do cinema arte em inspirar pessoas e levantar discussões sobre temas antes nunca falados. 

Tal autoridade foi descrita no primeiro episódio de A Sétima Arte, original Brasil Paralelo que mostra o nível do impacto de produções cinematográficas na mente das pessoas. Assista: 

Entre as principais filmes de sua carreira estão: 

  • Eraserhead (1977): Um cult clássico que demorou cinco anos para ser concluído. É possível assistir na plataforma Mubi.
  • O Homem Elefante (1980): Indicado a oito Oscars.Ele está disponível para assinantes Amazon Prime Vídeo, Globo Play e Apple TV.
  • Veludo Azul (1986): Mistura de melancolia e horror, arrecadou US$789.409 bilhões. Atualmente ele está no catálogo da Apple TV.
  • Twin Peaks (1992): Série que revolucionou a TV nos anos 1990. Assinantes Amazon Prime Premium e Globo Play podem assistir a qualquer momento.

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Lynch estava com enfisema pulmonar, um processo de lesão crônica no sistema respiratório causado pelo uso de cigarro. Sua última aparição como ator foi em 2022, interpretando o cineasta John Ford em Os Fablemans, de Steven Spielberg.

O menino que desejava ser pintor 

Nascido em 20 de janeiro de 1946, em Missoula, Montana, Lynch sonhava em ser pintor. Estudou na Escola do Museu de Belas Artes de Boston, mas encontrou seu caminho na Academia de Belas Artes da Pensilvânia. 

Casou-se quatro vezes e teve quatro filhos, sendo o último casamento com Emily Stofle, com quem teve uma filha em 2012.

Seu pai era um cientista de pesquisa do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. Já sua mãe, trabalhava como professora particular de inglês. 

O fenômeno 'Twin Peaks'

O sucesso de Veludo Azul (1986) mudou a vida do diretor de uma vez por todas. Em 1992 ele roteirizou Twin Peaks, que se tornou uma das séries de maior audiência dos anos 1990. 

A trama conta a vida de Dale Cooper, um agente do FBI que precisa investigar o assassinato da adolescente Laura Palmer. Ela vivia na pacata cidade de Twin Peaks e morreu de uma forma misteriosa. 

Segundo o The New York Times, críticos chamaram a história de "familiarmente incompreensível". Na prática, significa que a trama demorava a revelar os mistérios. A história voltou aos holofotes em 2017, quando sua continuação foi ao ar. 

"Depois de quase três décadas, a imaginação visual de Lynch continua inimitável", comentou James Poniewozik do The New York Times

Na época, os criadores mantiveram o interesse do público com apenas duas perguntas: "Quem matou Laura Palmer?" e "O que está acontecendo aqui?",

As pessoas estavam pouco acostumadas com esse tipo de história, o que gerou manchetes em praticamente todos os jornais do país. Além disso, não existiam streamings ou Youtube na época. 

Dessa forma, estar ligado no episódio da semana era um compromisso que ninguém queria desmarcar. O enredo serviu de inspiração para outros sucessos da TV, como a aclamada Arquivo X

O trauma Duna

A carreira de Lynch também conta com fracassos pontuais. O mais famoso deles foi a primeira versão de Duna (1984). O romance de Frank Herbert prometia manter vivo o amor do público por histórias surreais após o fim da franquia Star Wars, que lançou O Retorno de Jedi em 1983. 

No entanto, o filme precisou de US$45 milhões para ser produzido. No entanto, arrecadou somente US$37,9 milhões. 

Uma nova versão foi lançada em 2021 pelo diretor Denis Villeneuve, que dividiu o livro em duas partes. O sucesso estrondoso do novo filme mexeu com os sentimentos de Lynch, que em 2023 disse à revista francesa Cahiers du Cinéma:

“Nunca a verei e não quero que falem comigo sobre ela, nunca”.

O fato de Villeneuve ter conseguido conquistar o público com a trama reavivou traumas de seu passado. Em 2021 ele já tinha falado como relembrar Duna (1984) o deixava triste. 

“Não gosto de falar sobre Duna, mas já disse que sabia, quando assinei o contrato, que estava assinando a versão final e, a partir daí, senti que, olhando para trás, comecei a me vender”.

Ele disse ainda que tinha orgulho de tudo o que fez, menos de Duna. Lynch se referiu ao seu filme como “uma tristeza gigantesca” em sua vida devido à falta de liberdade criativa que recebeu durante as filmagens.

Vinícius Gomes explica que Lynch nunca discutiu o significado de suas obras, mas teve a capacidade de colocar em discussão assuntos pouco antes falados. 

“Em filmes como "Veludo Azul" (1986) e "Cidade dos Sonhos" (2001), além da icônica série "Twin Peaks", lançada em 1990, ele expôs a hipocrisia, a corrupção moral e a violência sexual, revelando a escuridão subjacente mesmo em comunidades que aparentavam ser perfeitas”. 

Com uma carreira marcada por altos e baixos, Lynch nos deixou um legado que transcende o tempo. Ele desafiou convenções, explorou os recessos mais sombrios da psique humana e deixou um legado duradouro.

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