A Rússia lançou um míssil balístico intercontinental (ICBM) com capacidade para levar ogivas nucleares durante um ataque à Ucrânia na manhã de hoje, 15 de novembro.
A informação é da Força Aérea ucraniana e, caso seja confirmada, terá sido a primeira vez que uma arma desse tipo foi usada em uma guerra.
O governo russo não fez nenhum comentário sobre o ataque. Quando questionado por repórteres, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse para entrarem em contato com os militares.
Até o momento, os EUA não confirmaram se foram notificados antes da ofensiva. Acordos assinados durante a guerra-fria determinam que os dois países devem comunicar o uso de ICBMs com pelo menos 24 horas de antecedencia.
Nenhum veículo oficial confirmou o tipo de míssil utilizado, mas o jornal Ukrainska Pravda disse ter recebido de uma fonte anônima a informação que se trata de uma RS-26 Rubezh.
É um míssil balístico intercontinental com capacidade para levar uma ogiva nuclear de 800 kg. Além disso, tem um alcance estimado em aproximadamente 5.800 km, suficiente para atingir os Estados Unidos.
Segundo as autoridades ucranianas, o míssil teria sido disparado da região de Astrakhan contra um complexo industrial na cidade de Dnipro, a pouco mais de 700 km.
Armas já utilizadas na guerra poderiam atingir um alvo a essa distância com uma precisão maior do que um ICBM.
Um representante do do Instituto das Nações Unidas para Pesquisa sobre Desarmamento, Andrey Baklitskiy, comentou o caso no X:
"Se for verdade, isso será totalmente sem precedentes e o primeiro uso militar real de ICBM. Não que faça muito sentido, dado seu preço e precisão"
O ataque serviria como um alerta para as forças ocidentais que apoiam a Ucrânia e não uma maneira de alcançar objetivos militares práticos.
O uso de ICBMs teria acontecido em retaliação a uma ação ucraniana contra território russo com mísseis de longa distância chamados ATACMS, fornecidos pelos EUA.
Esses equipamentos foram enviados pelo governo americano ainda no começo do ano, mas não foram utilizados em território russo até o dia 19 de novembro.
Em uma coletiva de imprensa, Dmitry Peskov afirmou que ataques com esse tipo de armamento seriam considerados ações diretas do ocidente:
"Putin já explicou muito claramente. Estes ataques não serão realizados pela Ucrânia, mas pelos países que dão autorização".
Em resposta à operação ucraniana, Putin assinou uma mudança na doutrina de defesa, auorizando uma resposta nuclear a ataques com armas convencionais ao país.
O suposto ataque com ICBMs acontece no dia seguinte à flexibilização no uso de armas atômicas.
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