Antonio Gramsci foi um filósofo marxista e também co-fundador do partido comunista italiano. Ele não é muito conhecido, mas as suas ideias sim.
O fato dele não ser conhecido colabora com sua estratégia. Alguns efeitos são melhor alcançados na invisibilidade. Gramsci pensou maneiras de manipular pessoas e facilitar a revolução socialista. Sua guerra não é física. Ele é um dos principais idealizadores do que hoje pode ser entendido como guerra cultural.
Para ele, quanto mais as pessoas fossem alienadas, mais facilmente poderiam ser manipuladas. Com o aumento da fragilidade social, das divisões entre grupos, mais fácil seria algum tipo de revolução.
Antonio Gramsci estudou o ser humano e suas fraquezas. Assim ele aprendeu que deveria dominar a linguagem, as artes, o imaginário. Para implantar um regime socialista, a revolução deveria ser internalizada nas instituições e pessoas, por vias culturais e educacionais.
Sua guerra é silenciosa, não armada. Não possui força física, mas antes é baseada na força intelectual.
Para uma sociedade se tornar socialista gradativamente, seria preciso mudar os valores culturais e morais, até finalmente chegar nos valores políticos.
Em outras palavras, Gramsci pensou que subvertendo a cultura, conseguiria implementar os ideais revolucionários do marxismo.
Modificar a linguagem, o sentido das palavras, enfraquecer personagens heróicos, deturpar a história, contaminar narrativas já aceitas… todos esses exemplos podem ser vistos como a prática do que ele pensou. A finalidade é fazer morrer o que se conhece como bom, belo e verdadeiro.
A expressão “hegemonia cultural de Gramsci”, nesse contexto, significa a dominação ideológica sobre a multidão, sem que ninguém perceba. Ganha quem tiver o maior poder de manipulação: jornalistas discretos, professores, escritores, políticos e artistas em geral.
Desses, os escritores estão entre os que mais sabem implementar ideias por meio de histórias. Assim se povoa o imaginário popular.
Quem influencia a opinião pública tem o poder de manter os ideais de Gramsci vivos.
Mas Gramsci teve opositores. Três grandes autores destacaram-se na defesa dos valores e da cultura ocidental.
Chesterton, Lewis e Tolkien. São eles os protagonistas do mais novo Original BP: Guerra do Imaginário.
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