O Rei Momo é uma figura lendária do carnaval brasileiro, que representa a alegria, o humor e a irreverência da festa. Ele é escolhido para reinar sobre os foliões durante os dias de carnaval, recebendo a coroa, o cetro e a faixa que o distinguem como o líder da folia.
A tradição do Rei Momo remonta ao século XVIII e desde então ele é representado como um personagem gordo, sorridente e divertido, que simboliza a fartura e a abundância. Conheça sua origem e como Momo se tornou protagonista do carnaval.
A figura do Rei Momo é celebrada em todo o Brasil com desfiles, concursos e eventos que exaltam sua importância cultural e histórica. Uma das principais atrações do Carnaval brasileiro, a origem do Rei Momo remonta à mitologia grega.
Momo, para os gregos, é o filho do Sono e da Noite, o deus da festividade. Por ser uma figura alegre, descontraída, zombeteira, e por ter o hábito de ridicularizar os demais deuses, Momo foi expulso do Olimpo e despachado para a Terra.
O irreverente e sarcástico Momo, era representado por um jovem mascarado que carregava um cetro ou estandarte e sacudia guizos na outra mão. Ao tirar a cobertura do rosto, sua face era sempre zombeteira.
O Rei Momo passou a ser representado posteriormente com roupas semelhantes às do monarca francês Luís XIV.
Outro elemento comum das representações de Momo é o fato dele aparecer como um jovem gordo, simbolizando a fartura e a abundância das festas.
Nas festas romanas chamadas Saturninas, havia a eleição de um dos soldados presentes para ser coroado com a coroa do Rei Momo. O militar considerado mais belo era eleito e gozava de benefícios durante a festa.
A eleição do rei da folia, em alusão ao Rei Momo, permaneceu nos carnavais europeus e foi trazida ao Brasil no século XX.
Historicamente, o palhaço, artista de circo e cantor mineiro Benjamim de Oliveira foi o primeiro Rei Momo coroado no Brasil, em 1910. No entanto, o personagem só passou a ser conhecido como o comandante do carnaval no Rio de Janeiro, em 1933.
Um cronista esportivo do jornal carioca A Noite apresentou aos carnavalescos um boneco de papelão, sugerindo que ele desfilasse pela cidade como o comandante da folia.
Após o desfile, o boneco foi colocado em um trono para presidir simbolicamente as comemorações carnavalescas daquele ano.
Diante da receptividade do boneco, os proprietários do jornal resolveram criar um Rei Momo de verdade. Foi escolhido o jornalista Moraes Cardoso, pela semelhança com as representações tradicionais do Rei Momo.
Vestido como um rei, o jornalista desfilou pelas ruas do Rio de Janeiro sendo saudado com muito confete, serpentina e lança-perfume.
O “reinado” de Moraes Cardoso durou até a sua morte, em 1948. Seus substitutos, até o ano de 1967, eram escolhidos por agremiações carnavalescas e jornalísticas.
Com o tempo, a figura do Rei Momo no carnaval foi evoluindo e incorporando novas tradições. A partir de 1968, a eleição do Rei Momo no Rio foi oficializada por lei estadual e, em 1988, por lei municipal.
Em 1934, foi eleito o primeiro Rei Momo paulista, na cidade de Santos: o boêmio, esportista, cantor e carnavalesco Eugênio de Almeida, conhecido pelo apelido de Tosca.
Em Pernambuco, o primeiro concurso de Rei Momo aconteceu no carnaval recifense em 1965.
Em fevereiro de 1963, a Secretaria de Turismo, Cultura e Esportes de Santos promoveu a I Convenção Nacional de Reis Momos, reunindo naquela cidade representantes dos estados de Minas Gerais, Bahia, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Maranhão e São Paulo.
Em sessão plenária, foram discutidos assuntos como a dignidade do personagem e a padronização do seu traje.
A II Convenção Nacional também foi realizada em Santos, no ano de 1966, contando com a participação dos reis Momos que estiveram presentes na I Convenção e mais os representantes dos estados do Pará e do Rio Grande do Norte.
Hoje, em algumas cidades brasileiras, não é necessário mais ser gordo para participar do concurso. Foi retirado esse requisito, privilegiando outros critérios como a capacidade de comunicação, alegria, simpatia e irreverência.
Durante o Carnaval, o Rei Momo recebe as chaves da cidade, passando a ser seu governante simbólico. Ele é escolhido para reinar sobre os foliões durante os dias de carnaval, recebendo a coroa, o cetro e a faixa que o distinguem como o líder da folia.
O papel do Rei Momo é ser o símbolo da festa, animando e incentivando os foliões a participarem da celebração.
O Rei Momo também participa de desfiles, concursos e outros eventos relacionados ao Carnaval, como em escolas de samba, blocos e trios elétricos, sendo responsável por abrir oficialmente as festividades.
Ele tem um papel importante na condução e na animação do Carnaval, sendo uma das principais atrações e representações da cultura popular brasileira durante essa época do ano.
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