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Política
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Por que a Venezuela quebrou? Entenda o debate sobre o colapso venezuelano

A Venezuela está entre os países com as maiores crises financeiras e humanitárias do mundo, afirma a organização South American Initiative. Entenda essa crise.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
17/6/2023 0:27
Agência Estado

A Venezuela está entre os países com as maiores crises financeiras e humanitárias do mundo, afirma a organização South American Initiative. Crianças morrem todos os dias no país vítimas da desnutrição ou até do abandono parental, uma vez que os pais são incapazes de alimentar todos da família, apontam os estudos da instituição.

Quando se tenta explicar o que causou a crise surge um debate caloroso. Alguns dizem que o comunismo foi a principal causa, enquanto outros defendem que o nacionalismo e o autoritarismo burguês tomou o país.

Entenda as principais vertentes desse debate, seus principais argumentos e os principais estudos sobre a crise da Venezuela.

  • Buscando mostrar a Venezuela como ela é, a Brasil Paralelo foi até o país de Maduro descobrir histórias reais contadas pela população local. Na prática, o que é a Venezuela? Não perca o documentário Infiltrados - Venezuela.

O que você vai encontrar neste artigo?

Para alguns, a Venezuela quebrou por causa do comunismo

Para Javier Corrales, professor de ciência política do Amherst College, os principais motivos da Venezuela ter quebrado são:

  • aplicação de políticas comunistas/socialistas;
  • controles de preços e câmbio; 
  • má gestão econômica e 
  • falta de respeito ao Estado de Direito.

Autores como Carlos Alberto Montaner, Álvaro Vargas Llosa e Luis Oliveros concordam com Javier.

Aplicação de políticas socialistas

No livro Las raíces torcidas de América Latina, Carlos Alberto Montaner diz que políticas econômicas baseadas no estatismo e no controle governamental têm prejudicado o crescimento e a competitividade da economia da Venezuela.

Outro fator apontado pelo autor é a perseguição àqueles que não apoiam o socialismo bolivariano. Segundo Carlos Alberto e organizações como a ONU, o governo tem censurado, torturado e prendido seus opositores políticos. 

A adesão ao comunismo e ao socialismo é tida como uma das causas da perseguição, já que o mesmo aconteceu em experiências socialistas/comunistas como em Cuba e na União Soviética.

Os críticos do socialismo venezuelano apontam que Hugo Chávez, fundador do atual regime do país, seguia a doutrina de Karl Marx, fundador do comunismo

Em 2006, Chávez disse:

"De 2007 a 2021 serão 14 anos para semear, aprofundaremos as raízes e estenderemos a revolução por todos os espaços para que a Venezuela seja uma República Socialista Bolivariana" (Fonte: G1.Globo.com).

O atual presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, trabalhava no governo de Chávez e ainda é membro do mesmo partido de seu antecessor, o Partido Socialista Unido da Venezuela. Segundo Maduro:

"Estamos empenhados em construir o socialismo do século XXI".

Na eleição presidencial de 2006, o Partido Comunista da Venezuela apoiou oficialmente a candidatura do então presidente Hugo Chávez. O candidato do Partido Comunista foi reeleito no primeiro turno, tendo obtido 62,8% dos votos segundo o sistema eleitoral do país.

Controles de preços e câmbio e má gestão econômica

O livro La nueva economía venezolana: Propuestas ante el colapso del socialismo rentista aponta que o governo de Hugo Chávez e Maduro gastaram de maneira irresponsável o dinheiro recebido com descobertas de petróleo, iniciadas em 2003 e encerradas em 2014.

José Toro Hardy, economista e ex-diretor da PDVSA, a estatal de petróleo da Venezuela, diz que as principais iniciativas que levaram o país a quebrar foram:

  • controle estatal sobre a indústria petrolífera, 
  • expropriação de empresas
  • expansão descontrolada dos gastos públicos.

Alguns dos principais erros apontados pelos autores no uso do dinheiro é a tentativa de investir em um modo de produção socialista, condenado pelo economista Ludwig Von Mises. Para ele, o socialismo é intrinsecamente falho.

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