A ONU, abreviação para Organização das Nações Unidas, foi criada em 24 de outubro de 1945, com o alegado objetivo de preservar a paz mundial e evitar novas guerras.
Contudo, diversos conflitos e violações a direitos naturais básicos foram provocados por membros da organização desde sua fundação sem que a ONU tenha tido algum papel eficaz na proteção às vidas, afirma o cientista político Samuel Feldberg.
A ONU também foi além da diplomacia internacional e criou a Agenda 2030, um projeto que estabelece metas para temas como ideologia de gênero, aborto e pautas relacionadas a revolução sexual.
Conheça agora a história da ONU e sua face oculta.
A ONU, sigla para a Organização das Nações Unidas, é uma organização intergovernamental, criada logo após o fim da Segunda Guerra Mundial para mediar conflitos e evitar novas guerras no mundo.
Atualmente, 193 países fazem parte da ONU, atuando para:
Com o passar dos anos, a área de atuação da Organização das Nações Unidas deixou de ser apenas a manutenção da paz mundial, passando a atuar em outras frentes, especialmente relacionadas aos direitos humanos.
Após o fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), o cenário deixado ao redor do mundo foi de destruição e muitas vidas perdidas.
Isso motivou países ao redor do mundo a trabalhar pela criação de um organismo intergovernamental que pudesse trabalhar em prol da paz entre as nações.
A ONU, que significa Organização das Nações Unidas, foi criada em 24 de outubro de 1945, com o objetivo de realizar um trabalho mais efetivo que a Liga das Nações, órgão criado após a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) com objetivo semelhante.
Representantes de 50 países reuniram-se em São Francisco, nos Estados Unidos, para buscar possíveis soluções de paz.
A Conferência de São Francisco foi concluída com a criação da Carta das Nações Unidas, documento que norteia as ações da organização. A sede da ONU foi estabelecida em Nova Iorque devido a uma doação de terreno da família Rockefeller, conhecida por atuar em projetos globalistas.
Atualmente, a Organização das Nações Unidas possui 193 países membros e dois Estados observadores, que são: Palestina e a Santa Sé, responsável pela administração do Vaticano.
Na celebração dos 50 anos da Carta da ONU, Celso Lafer, chefe da missão do Brasil na ONU entre 1995 e 1998, no Dossiê ONU e Paz, destacou o papel da organização na busca pela paz:
“Neste sentido, cabe observar que a Carta tem como fonte a vitória militar. É um direito novo, fruto do resultado da Segunda Guerra Mundial. Representa uma nova tentativa, depois do insucesso do Pacto da Sociedade das Nações de constitucionalizar as relações internacionais, ou seja, de conferir estabilidade ao sistema internacional, delimitando juridicamente o exercício do poder”.
Mas será que a ONU cumpriu seu papel de manter a paz no mundo? Algumas histórias posteriores mostram uma face oculta da instituição internacional.
Não demorou muito para a ONU apresentar um resultado reverso do que foi inicialmente proposto. Em 1947, menos de dois anos após o fim da guerra, Estados Unidos e União Soviética (URSS) deram início a um embate que dividiria o mundo: a Guerra Fria.
Mesmo como integrantes da ONU, diversas guerras surgiram ao redor do mundo com o auxílio dos EUA e URSS, como a Guerra da Coreia e a Guerra do Vietnã.
O confronto foi encerrado décadas depois, com a dissolução da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Com isso, o assento no Conselho de Segurança passou a ser ocupado pela Rússia.
Os 5 membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU têm direito de veto sobre as resoluções estabelecidas pelo órgão.
Esses vetos podem ser unilaterais e usados ilimitadamente. A Rússia, mesmo enquanto era parte integrante da União Soviética, é o país que mais usa esse artifício.
A Rússia vetou as resoluções contrárias às atividades militares do país na Geórgia, em 2008, na Crimeia, em 2014 e na Ucrânia, em 2022.
A Rússia foi responsável por quase metade dos vetos feitos no Conselho de Segurança da ONU. Ao todo, foram 120.
Já os Estados Unidos usou esse recurso 82 vezes, o Reino Unido 29, e China e França vetaram 16 resoluções cada.
A China tem uma postura neutra nas votações de resoluções da ONU que não afetam diretamente os seus interesses.
Porém, a postura é diferente quando há algo em jogo para o país. Assim foi feito em 2022, quando aliou-se a Rússia para proteger a Coreia do Norte de sanções mais severas contra suas investidas nucleares.
Os Estados Unidos utilizam o seu poder de veto para decisões que defendam os interesses de Israel. Isso motivou a criação da Doutrina Negroponte, que consiste na oposição de qualquer resolução que condene unilateralmente Israel no conflito com a Palestina.
A doutrina foi criada por John Negroponte, embaixador dos Estados Unidos na ONU em 2002.
A justificativa do país para a criação dessa doutrina é a acusação de que a ONU possui um viés anti-Israel.
Entre 2015 e 2022, a Assembleia Geral da ONU adotou o dobro de resoluções contra Israel do que contra todos os outros países somados.
Ao todo, o país recebeu 140 resoluções, enquanto os demais países receberam 68.
Já o Conselho de Direitos Humanos, que nos últimos três anos teve entre seus membros países que são reconhecidos como violadores dos direitos humanos, como Cuba, Venezuela e China, também aprova mais resoluções para Israel do que para outros países.
Israel teve 99 condenações feitas pelo Conselho de Direitos Humanos, mais do que todas as condenações dos outros países somadas.
A Síria recebeu 41 condenações, o Irã 13, a Rússia 4 e a Venezuela 3.
Anne Bayefsky, ativista dirigente do Instituto de Direitos Humanos e do Holocausto, indica que a ONU tem postura diferente para Israel na comparação com outros países:
“Nunca houve uma única resolução acerca da repressão de décadas dos direitos civis e políticos de 1,3 bilhão de pessoas na China, ou das mais de um milhão de mulheres migrantes que trabalham na Arábia Saudita mantidas praticamente como escravas, ou do virulento racismo que levou 600 mil pessoas a quase morrerem de fome no Zimbábue”.
Ela afirma ainda que os órgãos da ONU precisam produzir documentos sobre supostas violações de direitos humanos cometidas por Israel, enquanto deixa outros países de lado:
“Todos os anos, órgãos da ONU são levados a produzir pelo menos 25 relatórios sobre as supostas violações de direitos humanos por Israel, mas nem um único sobre o sistema de justiça criminal iraniano, que determina punições como crucificação, apedrejamento e esquartejamento”.
A ativista apresentou sua perspectiva sobre a situação de Israel durante a Conferência Anti-Semitismo: Educação para Tolerância e Compreensão, realizada em 2004, em Nova York, pela ONU.
Além de não impedir conflitos, a ONU passou a favorecer o relativismo moral.
Em 1994, na Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento, no Cairo, foi criado o movimento Direitos Sexuais e Reprodutivos (Sexual and Reproductive Health and Rights).
Em 1995, em Pequim, a Organização das Nações Unidas organizou a Conferência Mundial sobre a Mulher. Durante o evento, os direitos sexuais e reprodutivos foram consolidados como parte dos direitos humanos.
Segundo documento da ONU Brasil, direitos sexuais e reprodutivos é a possibilidade de:
Devido a essa postura, a ONU foi condenada por conservadores e defensores do Direito Natural. O Papa São João Paulo II falou sobre a decisão em um discurso de 1998, dizendo:
"A saúde foi definida como tensão para o «pleno bem-estar físico, psicológico e social e não só como ausência de doença». Quando, porém, o bem-estar é concebido em sentido hedonista, sem referência aos valores morais, espirituais e religiosos, esta aspiração, em si só nobre, pode dissipar-se num horizonte restrito que lhe mortifica o impulso, com consequências negativas para a própria saúde.
Interpretada neste sentido redutivo, a busca da saúde como bem-estar levou a considerar, também em documentos políticos importantes, a própria maternidade como um peso e uma doença, criando os pressupostos, em nome da saúde e da qualidade de vida, para a justificação da contracepção, da esterilização, do aborto e da própria eutanásia.
É necessário ratificar esta deformação porque «nunca existirá justiça, nem igualdade, desenvolvimento e paz, quer para as mulheres quer para os homens, se não houver uma infalível determinação em respeitar, proteger, amar e servir a vida – cada viva humana em todas as etapas e em cada situação» (Mensagem à Secretária-Geral da IV Conferência Mundial da ONU sobre a Mulher, n. 7; cf. Encíclica Evangelium vitae, 87)".
A ONU chegou a demandar que o Brasil legalize o aborto.
Na agenda 2030, a ONU reforçou esse seu entendimento sobre o aborto e adicionou mais elementos controversos, como a ideologia de gênero.
Os "direitos sexuais e reprodutivos" também estão inseridos na agenda 2030, conhecida como Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
A agenda 2030 é constituída de 17 metas que as nações signatárias, entre elas o Brasil, comprometem-se a cumprir até o ano de 2030. Entre as metas, há uma específica para a identidade de gênero.
“Assegurar o acesso universal à saúde sexual e reprodutiva, como acordado em conformidade com o Programa de Ação da Conferência Internacional Sobre População e Desenvolvimento e com a Plataforma de Ação de Pequim (...)”.
A Unesco, braço da Organização das Nações Unidas para a educação, ciência e cultura publicou um guia para a educação sexual nas escolas comprometidas com a agenda 2030.
O guia Orientações técnicas internacionais de educação em sexualidade traz orientações para diferentes grupos etários estudantis.
No item 3.1 - Construção social de gênero e normas de gênero, o objetivo de aprendizagem para crianças de 5 a 8 anos diz que “é importante entender a diferença entre sexo biológico e gênero”.
Já para jovens de 9 a 12 anos, “as normas sociais e culturais, bem como crenças religiosas, são alguns dos fatores que influenciam os papéis de gênero”.
Para os jovens de 12 a 15 anos, o guia informa que “papéis e normas de gênero influenciam a vida das pessoas”.
Para finalizar, o objetivo de aprendizagem para jovens a partir de 15 anos diz que “é importante questionar as próprias expectativas quanto ao gênero e também questionar as das outras pessoas”.
No Brasil, está em andamento a votação da ADPF 787, de autoria do PT, que ganhou prioridade por atender dois objetivos da agenda 2030: saúde e bem estar e redução das desigualdades.
A partir dessa resolução, homens trans, pais biológicos, passam a ser incluídos na Declaração de Nascido Vivo (DNV) como parturientes, neutra para gênero, já que apresentam capacidade reprodutiva.
Em setembro de 2023, Rosa Weber, então ministra do STF, votou pela legalização do aborto no país. Uma das justificativas apresentada pela ministra é de que “os 193 Estados membros da ONU, incluindo o Brasil, comprometeram-se a adotar a chamada agenda 2030, que engloba os objetivos de desenvolvimento sustentável”.
Para entender melhor como funciona a atuação da Organização das Nações Unidas, é importante conhecer a estrutura da ONU.
O programa Face Oculta, da Brasil Paralelo, investigou em detalhes os principais pontos controversos da Organização das Nações Unidas. Não perca!
Em 2018, o jornal britânico The Sun divulgou um documento publicado por um ex-alto comissário da Organização das Nações Unidas denunciando uma rede de pedofilia no seio da organização, com cerca de 3.300 funcionários envolvidos em 60 mil estupros perpetrados ao longo de 10 anos.
Esse acontecimento configuraria um dos maiores e mais chocantes escândalos de pedofilia da história da humanidade.
Segundo The Sun, os dados de 2017 haviam sido entregues ao Departamento Britânico de Desenvolvimento Internacional (DFID) pelo professor Andrew MacLeod, que já tinha atuado como chefe de ajuda humanitária da ONU em lugares como os Bálcãs, Ruanda e o Paquistão. Andrew comandava operações do Centro de Coordenação de Emergência da entidade mundial.
O documento de MacLeod afirma que milhares de pedófilos miram os trabalhos de ação humanitária visando acesso fácil a mulheres e crianças vulneráveis.
Andrew MacLeod qualificou como “endêmico” o encobrimento desses crimes e acrescentou que as pessoas que tentaram denunciá-los foram demitidas.
“Há dezenas de milhares de agentes humanitários no mundo todo com tendências pedófilas. Mas se você usar uma camiseta da UNICEF, ninguém perguntará o que você está fazendo.
Você tem impunidade e pode fazer o que quiser. É endêmico no setor de ajuda humanitária em todo o mundo. O sistema está corrompido e eles deveriam ter dado um basta nisso há anos”.
As atividades realizadas pela ONU são distribuídas em cinco órgãos que compõem a organização:
De todos os órgãos que fazem parte da Organização das Nações Unidas, apenas a Assembleia Geral conta com todos os membros em seu quadro.
O objetivo do Conselho de Segurança é a manutenção da paz internacional, podendo conduzir a mediação de conflitos e aplicando sanções contra países que ameaçam a harmonia entre as nações.
Tem 15 membros ao todo, sendo 5 permanentes e 10 rotativos. Os 5 membros permanentes têm direito a vetar unilateralmente as resoluções apresentadas.
Os 5 membros permanentes do Conselho de Segurança são:
O Brasil pleiteia uma vaga entre os membros permanentes há algum tempo, mas sem sucesso até o momento.
O artigo O Brasil e o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas: dos anos 90 a 2002, de autoria de Virgílio Caixeta Arraes, professor na Universidade Nova de Lisboa, indica essa intenção.
“Diante da perspectiva de um ambiente em transição, o Brasil proporia em 1989, quando da abertura da 44a Assembleia Geral das Nações Unidas, o alargamento da composição do Conselho de Segurança, com vistas a uma participação mais efetiva dos Estados periféricos”.
A Secretaria-Geral da ONU fica alocada dentro do Secretariado, além de todas as outras entidades responsáveis pelo funcionamento da organização no dia a dia.
Atualmente, o Secretário-Geral da ONU é o português António Guterres, que ocupa o cargo desde 2017.
O principal órgão jurídico da Organização das Nações Unidas, responsável por buscar a resolução pacífica de conflitos entre as nações.
A sede do órgão fica em Haia, nos Países Baixos e não está localizada em Nova York, nos Estados Unidos, como o restante da organização.
Sua responsabilidade é coordenar as políticas econômicas e sociais, com o objetivo de impactar positivamente o desenvolvimento das nações.
Seus 54 membros são eleitos pela Assembleia Geral. Entidades como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Unesco fazem parte desse conselho.
O principal órgão da ONU, o único que tem os 193 membros como integrantes. Anualmente, em setembro, os países se reúnem em Nova York para debater assuntos de interesse internacional.
A Assembleia Geral é responsável por desenvolver políticas, executá-las e acompanhar o desenvolvimento dos projetos da organização.
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