Quem foi Gandhi antes de se tornar o “Mahatma”, título em sânscrito que significa “grande alma”?
Como ele passou de um jovem advogado tímido a um líder que inspirou a independência da Índia e movimentos pacíficos pelo mundo?
Mohandas Karamchand Gandhi, mais conhecido como Mahatma Gandhi, foi um dos maiores ativistas sociais do século XX, tendo sido parafraseado por Martin Luther King, um dos principais agentes políticos da Índia e um homem homenageado por líderes das maiores potências do mundo.
A influência de Gandhi na Índia é tamanha que o país tem apenas três feriados nacionais: o Dia da República, o Dia da Independência e… o aniversário de Gandhi.
“Todos pensam em mudar o mundo, mas ninguém pensa em mudar a si mesmo.”
Essa célebre frase do escritor russo Liev Tolstói, autor de obras como Guerra e Paz, ecoou profundamente em Gandhi.
Ele tão impactado por Tolstói que nomeou sua comunidade agrícola na África do Sul de Tolstoy Farm – uma vila cooperativa que refletia seus ideais de simplicidade e resistência.
Neste artigo, exploraremos a jornada de Gandhi, suas inspirações e algumas controvérsias que você talvez não conheça – mas para descobrir todos os detalhes, só assistindo ao episódio completo do programa Face Oculta na Brasil Paralelo.
Nascido em 2 de outubro de 1869, em Porbandar, uma cidade no estado indiano de Gujarat que hoje exibe seu rosto em seu logotipo oficial, Gandhi inicialmente tinha planos modestos: seguir os passos de seu pai, um político local.
Com esse objetivo, ele partiu para Londres para estudar Direito, aproveitando o prestígio da educação britânica em uma Índia ainda sob domínio colonial. No entanto, o destino reservava algo muito maior.
Foi na África do Sul, para onde Gandhi viajou como advogado recém-formado, que sua vida mudou drasticamente.
Um episódio marcante – ser expulso de um vagão de primeira classe de um trem por ser indiano, apesar de ter um bilhete válido – acendeu a chama da resistência pacífica que o tornaria famoso.
Esse “empurrãozinho” literal foi o ponto de virada que o transformou em um símbolo de luta contra a injustiça.
Gandhi não construiu sua filosofia do zero. Ele foi profundamente influenciado por obras como o Sermão da Montanha de Jesus, que considerava um dos maiores ensinamentos da humanidade, e o Bhagavad Gita, texto sagrado hindu que absorveu desde pequeno com sua mãe, uma devota do vaisnavismo tradição que prega a não-violência.
A Desobediência Civil de Henry David Thoreau e os escritos de Tolstói também plantaram sementes em sua mente, que germinaram na forma do movimento Satyagraha (“firmeza na verdade”).
Essas ideias ganharam força na África do Sul, onde Gandhi fundou o Congresso Indiano de Natal para combater o racismo contra os indianos.
Há um lado menos conhecido dessa história: nos primeiros anos, Gandhi usou termos como “incivilizados” para descrever os negros sul-africanos, refletindo preconceitos da época (NPR, 2019).
Será que o ícone da paz teve um passado racista? Historiadores como Vinay Lal e Ramachandra Guha debatem essa questão (BBC 2015), sugerindo que Gandhi evoluiu com o tempo, mas o tema segue polêmico.
Gandhi é celebrado mundialmente por frases como: “seja a mudança que você deseja ver no mundo” e por liderar a independência da Índia sem recorrer à violência.
Mas por trás dessa figura quase mítica, há controvérsias que desafiam sua imagem quase imaculada.
Na África do Sul, enquanto lutava pelos direitos dos indianos, Gandhi ignorou em grande parte as injustiças sofridas pelos negros, defendendo até a separação racial em alguns contextos (The Print, 2019).
Na Índia, sua relação com o sistema de castas também gera debate. A escritora Arundhati Roy critica Gandhi por supostamente apoiar essa hierarquia rígida (The Guardian, 2016), enquanto outros afirmam que ele respeitava os “intocáveis” e buscava sua inclusão.
E há mais: sua vida pessoal revela episódios surpreendentes. Gandhi impôs o celibato à esposa Kasturba sem seu pleno consentimento (Aventuras na História) e, em seus últimos anos, realizava “experimentos” dormindo nu com jovens mulheres, como sua sobrinha Manu, para testar sua castidade (O Globo, 2010).
Esses atos, que ele justificava como provas espirituais, chocam até hoje e levantam questões sobre os limites de sua disciplina.
Gandhi foi assassinado em 1948 por um extremista hindu, mas deixou um impacto indelével. Suas ideias inspiraram Martin Luther King Jr., que disse:
“Cristo nos deu os objetivos e Mahatma Gandhi nos deu os métodos.”
No entanto, ele nunca ganhou o Nobel da Paz, apesar de cinco indicações – uma ironia para alguém tão associado à não-violência.
Quer saber mais sobre as faces ocultas de Gandhi? Suas contradições, seu senso de humor surpreendente e os detalhes de sua vida não cabem em um só artigo, os detalhes estão no episódio de Face Oculta, da Brasil Paralelo.
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