A Escola Austríaca de Economia é caracterizada por sua defesa da liberdade econômica e suas várias previsões acertadas. Seus membros se destacam por terem vencido o Nobel e formado muitos dos maiores nomes das ciências humanas do século XX.
A Escola Austríaca de Economia é uma linha de pensamento econômico que surgiu em Viena, na Áustria, no século XIX. É caracterizada por defender a liberdade econômica do cidadão em contrapartida a economias concentradas na mão do Estado.
A Escola Austríaca de Economia surgiu a partir do pensamento econômico da Escolástica tardia, especialmente baseados na Escola de Salamanca. Seus principais autores fundamentaram seus tratados com base nos antigos filósofos católicos.
Seu primeiro intelectual foi Carl Menger, cuja principal obra, Princípios da Economia Política, é considerada o estopim da Escola Austríaca.
Eugen von Böehm-Bawerk pode ser considerado o 2º membro da Escola Austríaca de Economia.
Contemporâneo de Menger, Bawerk foi nomeado ministro da economia austríaca 3 vezes, obtendo grande sucesso no cargo.
Os principais economistas posteriores dessa escola foram Mises e Hayek, já no século XX.
Mises foi professor universitário em vários países. Ele precisou fugir de sua terra natal, a Áustria, por causa da ascensão do regime nazista.
É considerado o pensador mais proeminente da Escola devido a sua inovadora teoria da praxeologia, ou economia subjetiva da ação-tempo-alocação de recursos.
Foi professor de muitos dos maiores intelectuais da sua época. Alguns deles são:
E muitos outros que iam até seu escritório assistir suas aulas regularmente.
Hayek, pensador da Escola Austríaca de Economia, ganhou o prêmio Nobel de ciências econômicas em 1974.
A Escola Austríaca de Economia nunca teve sede ou instituição formal, seus membros são categorizados de acordo com a linha de pensamento econômico que seguem: o liberalismo característico da Áustria.
A Escola Austríaca de Economia defende o livre comércio. De acordo com seus principais intelectuais, o mercado e a moeda devem ser livres de intervenções que não correspondem ao verdadeiro desejo de troca da população.
A liberdade do mercado permite que as pessoas consumam o que realmente querem, caso seja algo lícito, e trabalhem de acordo com o que realmente querem.
Isso não ocorre em países socialistas, por exemplo, onde o cidadão consome apenas o que o governo decide entregar.
Para a Escola Austríaca, existem direitos humanos naturais que nem governo nem indivíduo algum podem contestar. São eles:
Esses direitos são dados pela própria estrutura da realidade, sendo, portanto, leis estabelecidas por um poder superior ao poder humano.
De acordo com a Escola Austríaca, a liberdade econômica verdadeira permite o equilíbrio de mercado.
O equilíbrio de mercado é a satisfação tanto do consumidor quanto do produtor. Em uma economia livre, todos saem ganhando.
A pessoa que deseja comprar um fogão, utilizará seu dinheiro para comprar o produto e o receberá. O dono do fogão, por sua vez, receberá o dinheiro para usar como ele bem entender.
Em uma economia estatizada isso é prejudicado.
O prejuízo se dá quando o governo decide aumentar impostos sobre um determinado tipo de produto ou serviço, desestimulando o cidadão de consumi-lo.
Muitas vezes esse desestímulo sucede sem o desejo da população, impossibilitando a grande parte de pessoas comprarem um produto ou serviço.
O Brasil contemporâneo apresenta vários exemplos.
Ao comprar um carro produzido no Brasil, 30 a 48% do valor pago são impostos. O alto índice de tributos faz com que grande parte da população não possa ter acesso a um bom veículo.
São 5 impostos incidentes na compra do veículo, cada um com uma complexa lei que o regula.
O governo brasileiro cobra impostos do cidadão por:
De acordo com essa escola de pensamento econômico, grande parte das intervenções do Estado são excessivas e trazem grande prejuízo para a população.
Dois exemplos simples elucidam uma parte importante da visão da Escola Austríaca sobre sua visão econômica e os danos da interferência exagerada do Estado.
Nos dias de hoje, é comum que os governos imprimam dinheiro para pagar dívidas gigantes que os burocratas produziram.
Contudo, tal prática causa um grande mal econômico: a inflação. Ela prejudica especialmente os mais pobres.
Ao imprimir mais dinheiro do que circula no país, os preços dos serviços e produtos crescem, fazendo com que o dinheiro de cada cidadão perca valor.
Isso acontece porque a emissão exagerada de notas faz com que o volume de dinheiro circulando seja maior que a oferta de produtos e serviços. Consequentemente, os preços sobem.
O princípio da economia é a escassez. Se os bens e serviços fossem abundantes, os homens não precisariam fazer trocas.
Essa falta de escassez levaria a falta de produção, de trabalho. As pessoas ficariam estagnadas e a humanidade não lograria avanços. Dessa forma, a escassez pode ser vista como algo bom.
O dinheiro, por sua vez, nada mais é que a representação de um valor que uma pessoa gerou para outra, para a sociedade.
Não existe dinheiro fictício: todo dinheiro precisa de um serviço real prestado para representar o valor de importância daquele serviço.
Quando o governo imprime dinheiro, ninguém produziu algo benéfico para a sociedade para receber aquele valor: é algo falso.
Essa falta de produção faz com que pessoas possam usar dinheiro sem produzir, levando a uma falta de produção de bens e serviços essenciais no mercado.
Isso inevitavelmente prejudica a população, fazendo faltar bens e serviços. Aqueles que produzem bens e serviços reais precisam aumentar o preço, já que tudo está mais caro pela falta de oferta no mercado.
Outra prática recorrente nos governos modernos que a Escola Austríaca de Economia critica é o tabelamento de preços. Muitas pessoas acreditam que quando o preço de algo está crescendo muito, basta o governo impedir a mudança do valor para resolver o problema.
Contudo, a Escola Austríaca afirma que essa é uma das piores práticas possíveis.
Quando o governo intervém exageradamente na economia, ele quebra o processo natural de produção.
Ao tabelar o preço de um produto, a demanda vai crescer de tal maneira que a oferta não mais conseguirá suprir a todos.
Por exemplo: em uma situação hipotética, o preço do arroz está subindo muito no Brasil. A população reclama e o governo decide intervir congelando o preço do produto.
No momento que o governo estabelecer um preço menor para o arroz, a demanda irá aumentar, as pessoas irão deixar de lado os substitutos do arroz já que eles ainda estão caros.
Contudo, a oferta não conseguirá acompanhar o rápido crescimento da demanda e faltará arroz.
Ainda, com o passar do tempo, conforme surgirem dificuldades na produção de arroz — o que é comum acontecer —, os produtores não poderão aumentar o preço do produto para compensar o aumento dos gastos.
A escassez será a consequência. A produção do arroz não será rentável para o produtor, portanto ele optará por desistir do produto. Sua oferta, portanto, ficará bem menor do que estava antes do governo tabelar seu preço.
Os que mais sofrerão com isso serão os pequenos produtores, pois eles não têm tantos recursos de produção como os produtores mais ricos.
Foi uma situação semelhante a esta que causou a crise econômica mais grave da história do Brasil: as hiperinflações dos anos 80 e 90.
O tabelamento de preços foi um dos maiores fatores para a atual crise econômica da Argentina. Entenda como o país da prata foi afundado no século XXI.
A Escola Austríaca de Economia apresenta métodos inovadores em comparação com as outras escolas econômicas modernas.
Algumas das suas principais contribuições são:
A Escola Austríaca atingiu um nível de amplitude de previsões impressionantes. Hayek previu os benefícios e lucros de sistemas como os de criptomoedas. Mises previu como aconteceria a queda dos governos socialistas-comunistas. Várias foram suas previsões.
Alguns dos principais intelectuais da Escola Austríaca de Economia e suas obras são:
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