Após uma invasão violenta do Hamas em território israelense, o governo de Israel reagiu, iniciando uma contraofensiva para acabar com o grupo terrorista e suas bases localizadas em Gaza.
A contra ofensiva de Israel foi aceita como legítima defesa por perte do mundo ocidental, como o governo dos EUA, França e Alemanha, mas governos como o do Brasil e órgãos internacionais como a Anistia Internacional começaram uma campanha para denunciar a reação como um genocídio cruel.
É nesse contexto que surge o slogan All Eyes on Rafah (Todos os olhos em Rafah, em tradução livre). A expressão faz referência a cidade Rafah, uma das maiores e mais importantes do sul de Gaza, que teve suas fronteiras ocupadas pela contra ofensiva de Israel.
A imagem foi gerada por Inteligência Artificial para criar um cenário de tensão. A arte apresenta uma cidade compacta, comprimida pelos moradores de Gaza que fugiram da guerra iniciada pelo Hamas.
Tendo sido compartilhada pela primeira vez na conta @chaa.my, o possível artista não fez comentários para explicar sua criação, mas o contexto indica uma crítica à ação de Israel.
A Al Jazeera, mídia acusada de ser pró-Hamas, afirma que essa foi a imagem mais compartilhada da história do instagram, gerando novos desdobramentos sociais da guerra em Gaza.
Entenda o contexto da imagem All Eyes on Rafah, seus principais efeitos e a resposta de Israel.
Em fevereiro de 2024, a expressão All Eyes on Rafah (Todos os olhos em Rafah) ganhou destaque na mídia. A expressão foi dita pelo dirigente da Organização Mundial da Saúde (OMS) da região de Gaza, o Dr. Rick Peeperkorn.
Em uma conferência de imprensa oficial da OMS, o Dr. Rick Peeperkorn disse que uma ocupação de Israel na cidade de Rafah seria uma:
“Catástrofe insondável, expandindo ainda mais o desastre humanitário além de qualquer imaginação”, declarou em um comunicado oficial da OMS.
Segundo ele, Rafah abrigou mais de 1,5 milhão de pessoas que estavam fugindo da guerra.
O exército de Israel estendeu sua contraofensiva para a cidade de Rafah porque ela tem um papel estratégico na Faixa de Gaza, servindo como a principal passagem entre Gaza e o Egito.
Este ponto de travessia é vital para o fluxo de bens e pessoas, mas é frequentemente fechado ou severamente restrito devido a preocupações de segurança, principalmente por parte do Egito.
Os governos de Israel e do Egito acreditam que a região é uma das principais rotas pelas quais os terroristas do Hamas conseguem seus armamentos, noticiou o jornal Estadão.
Ainda segundo o Estadão, o governo de Israel afirmou que as operações na região buscavam eliminar as últimas tropas operantes do Hamas.
45 civis morreram em um campo de refugiados em Rafah devido a um ataque da força aérea israelense.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que as mortes foram um “acidente trágico”, noticiou a Associated Press. Ele justificou a ação dizendo que Israel conseguiu neutralizar dois militares importantes do Hamas. Confira a fala:
Diante das mortes dos civis e do avanço terrestre de Israel, instituições e celebridades anti-Israel divulgaram a expressão All Eyes on Rafah, influenciando a opinião pública sobre o assunto.
Algumas das principais personalidades famosas que compartilharam a imagem foram:
A imagem foi gerada por Inteligência Artificial, criando um cenário de tensão. A arte apresenta uma cidade compacta, comprimida pelos moradores de Gaza que fugiram da guerra iniciada pelo Hamas.
Tendo sido compartilhada pela primeira vez na contra @chaa.my, o possível artista não fez comentários para explicar sua criação, mas o contexto indica uma crítica à ação de Israel.
Segundo o jornal estatal do Catar, chamado Al Jazeera, a imagem teve mais de 40 milhões de compartilhamentos no instagram, supostamente alcançando um dos recordes da plataforma.
Celebridades como Aaron Paul (Jesse Pinkman de Breaking Bad), a modelo Bella Hadid e a cantora Dua Lipa compartilharam o post para seus milhões de seguidores, influenciado o debate sobre a guerra em Gaza.
Para grande parte dos propagadores do termo All Eyes on Rafah, Israel estaria buscando cometer um genocídio na região.
Entre os críticos mais notáveis estão figuras públicas, organizações de direitos humanos e líderes mundiais.
A Corte Internacional de Justiça (ICJ) ordenou que Israel cessasse imediatamente as operações militares em Rafah e abrisse a passagem fronteiriça para a entrega urgente de ajuda humanitária. Esta decisão veio após uma solicitação da África do Sul, que acusou Israel de violar suas obrigações da Convenção do Genocídio.
A corte determinou que as ações de Israel estavam causando condições de vida que poderiam levar à destruição física dos palestinos em Gaza, noticiou o site de notícias da ONU.
A ONG Anistia Internacional afirmou que inúmeros ataques resultaram em graves perdas civis, dizendo que muitos dos alvos não tinham valor militar aparente.
Líderes de vários países solicitaram ao Conselho de Segurança da ONU que atuasse a contra ofensiva de Israel, sendo alguns dos principais:
A reportagem também destacou a ação da embaixadora dos EUA contra uma possível ofensiva israelense em Rafah. Na ONU, Linda Thomas-Greenfield, embaixadora americana, condenou possíveis planos de Israel de intensificar suas operações em Rafah, enfatizando que isso exacerbaria a emergência humanitária existente.
Diante das críticas e tentativas de parar a resposta ao ataque terrorista do Hamas, o governo de Israel respondeu.
Em seu instagram oficial, o governo de Israel publicou a seguinte resposta a expressão viral All Eyes on Rafah:
“Todos os olhos em… [...] todos os reféns do Hamas”.
No post, Israel adicionou três famílias e sequestrados pelo Hamas no ataque terrorista de 07 de outubro de 2023.
Benjamin Netanyahu defendeu a contraofensiva de seu país em Gaza, destacando que as ações militares são justificadas pelo direito internacional como legítima defesa, em resposta aos ataques iniciados pelo Hamas.
Netanyahu sublinhou que o direito internacional permite a qualquer nação agir em legítima defesa quando enfrenta ameaças iminentes ou ataques diretos, conforme estabelecido no Artigo 51 da Carta das Nações Unidas.
O principal objetivo de Israel com estas operações foi publicado de forma clara:
“As condições de Israel para acabar com a guerra não mudaram: a destruição das capacidades militares e de governança do Hamas, a libertação de todos os reféns e a garantia de que Gaza não representa mais uma ameaça para Israel”, disse Netanyahu em comunicado oficial após avanço em Rafah, noticiou O Globo.
Ele destacou que a presença contínua do Hamas em Gaza representa uma ameaça direta e constante à segurança de Israel. Veja seu pronunciamento oficial logo após o ataque do Hamas:
Além disso, Netanyahu e outros altos funcionários israelenses reiteraram que Israel está comprometido em cumprir o direito humanitário internacional e está investigando incidentes em que civis foram inadvertidamente atingidos.
Em entrevista à AFP, um militar israelense declarou:
"Enviamos um pequeno míssil vazio para atingir o telhado e avisar aos civis que precisam evacuar o prédio. Continuamos em observação para garantir que se retirem. Quando temos a maior certeza possível sobre a evacuação do prédio, disparamos".
O jornal disse que os militares israelenses também avisam os civis de outras formas, enviando mensagens e panfletos nos locais que serão atacados.
Ao comentar sobre as mortes de civis em Gaza, Netanyahu disse que o governo israelense se defendeu das acusações afirmando que todas as operações são realizadas com o máximo cuidado para evitar danos colaterais, embora reconheça que em um conflito tão intenso, algumas tragédias são inevitáveis.
Segundo o major israelense Doron Spielman e membros da União Europeia, o Hamas utiliza táticas que colocam intencionalmente civis em risco, como a utilização de áreas densamente povoadas para lançar ataques, o que complica os esforços israelenses para minimizar baixas civis, afirmou o cônsul de Israel no Brasil em coletiva de imprensa.
Um ódio e violência que promovem os ataques terroristas mencionados dificilmente surgem de um dia para o outro. O conflito no Oriente Médio remonta a disputas culturais e religiosas de séculos atrás.
Entender os efeitos internacionais desse conflito e as causas das guerras constantes da região exige um estudo histórico e cultural extenso.
Algumas das principais disputas territoriais de Israel estão ligadas a políticas promovidas pelo Império Romano por volta dos séculos I e II. Para explicar essa situação complexa de forma clara e didática, a Brasil Paralelo produziu um episódio exclusivo do Insight BP sobre o tema. Confira:
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