O Foro de São Paulo foi criado em 1990, com o objetivo de reunir partidos e grupos de esquerda para debater o cenário político após o fim da Guerra Fria.
Foi idealizado inicialmente por Luís Inácio Lula da Silva, então dirigente do Partido dos Trabalhadores, junto de Fidel Castro, presidente de Cuba.
Apesar de hoje ser de conhecimento público, a existência do Foro de São Paulo foi negada por Lula e partidários da esquerda durante anos:
“Você sabe que isso é no mínimo uma piada de mau gosto. Eu te aconselho a não repetir isso no vídeo”, afirmou Lula em entrevista ao jornalista Boris Casoy, em 2002, transmitida na TV Record durante a campanha presidencial.
Conheça agora a face oculta do Foro de São Paulo.
O Foro de São Paulo foi criado em 1990, idealizado por Lula e Fidel Castro. A primeira reunião da organização aconteceu em 4 de julho do mesmo ano, na cidade de São Paulo.
O primeiro encontro foi batizado com o nome de Encontro de Partidos e Organizações de Esquerda da América Latina e Caribe.
O objetivo inicial do foro era aumentar a integração entre países da América Latina e do Caribe, realizando discussões sobre as diferenças entre as nações e a busca por uma coalizão entre os partidos de esquerda da região.
As principais pautas levantadas pelo grupo eram:
Em carta enviada por Lula ao Foro de São Paulo em comemoração aos seus 30 anos de existência, em 2020, o presidente brasileiro explicou os motivos da criação da organização:
“Numa conversa que tive com Fidel na época, coincidimos que seria importante analisar esta nova conjuntura e seus impactos para a América Latina e o Caribe e decidimos que o PT poderia convocar um encontro de partidos e de movimentos políticos de nossa região para discutir este tema e as iniciativas que deveríamos adotar.
Porém, não imaginávamos inicialmente que esse encontro de partidos e movimentos chegasse onde chegou”.
Em 1991, o encontro se repetiu. Dessa vez, na Cidade do México. Ao todo, 26 reuniões gerais do Foro de São Paulo foram realizadas.
Atualmente, o Foro de São Paulo conta com 28 países e 128 partidos políticos da região da América Latina e Caribe. Entre os partidos brasileiros, estão:
No início, a existência da organização era negada pelos seus integrantes. Em uma sabatina mediada por Boris Casoy, na TV Record, Lula negou a existência do Foro de São Paulo. Isso ocorreu em 2002.
Essa postura foi mantida até que evidências foram levantadas de forma definitiva em 2008, indicando que de fato há uma organização com partidos de esquerda atuando na América Latina.
Olavo de Carvalho, filósofo brasileiro, alertou a população brasileira para a existência do Foro de São Paulo:
“O Brasil é cúmplice de todas as organizações do Foro de São Paulo. Ele está comprometido com isso, Lula está comprometido com isso. Assinou mil vezes promessas de solidariedade aos caras e simplesmente não pode voltar atrás”, disse no programa True Outspeak, em dezembro de 2006.
Além de Olavo, quem também trouxe à tona o questionamento sobre a existência do Foro de São Paulo foi Reinaldo Azevedo em suas colunas e entrevistas à Veja no ano de 2007. Reinaldo afirmou:
“Isto não é para nós. Durante muito tempo quem falava do foro de SP, era Olavo de Carvalho, Reinaldo Azevedo e mais dois ou três malucos. Ele existe”.
A revista Veja, em 2008, enviou um jornalista para cobrir o encontro do Foro de São Paulo, em Montevidéu, no Uruguai. Com isso, estava evidenciada a existência da organização.
A matéria da Veja sobre o Foro de São Paulo afirmou:
“Este ano, o Foro aconteceu em Montevidéu, no Uruguai, no edifício do Mercosul. À beira do rio da Prata, os participantes são representantes da velha esquerda da região.
Entre os rostos conhecidos dos brasileiros, estavam os petistas Marco Aurélio Garcia, José Eduardo Cardozo, Raul Ponte, Valter Pomar e Mário Miranda.
Nos discursos, todos dizem as mesmas coisas: eles odeiam os Estados Unidos, amam a ditadura cubana, e acham o neoliberalismo culpado de tudo de ruim que acontece na região”.
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Após a série de evidências sobre a existência do Foro de São Paulo, o Partido dos Trabalhadores mudou a sua postura sobre o tema.
Gleisi Hoffmann, presidente do PT, apresentou os motivos da criação do Foro de São Paulo durante pronunciamento em TV, em 2023:
“Mas antes de falar da reunião, eu quero contar um pouco da história do Foro de São Paulo. Uma organização que nasceu para lutar pela democracia, soberania e justiça social na América Latina e Caribe.
É por isso que o Foro de São Paulo é alvo desde sempre de uma permanente campanha de mentiras e desinformação. Movidas por agentes da extrema-direita e daqueles que se beneficiam da histórica desigualdade e injustiça em nossa região”.
Apesar do discurso pela justiça social e democracia, o Foro de São Paulo tem em seu quadro países reconhecidos internacionalmente como ditaduras.
É o caso de Cuba, que fez parte da fundação da organização. Fidel Castro permaneceu no poder por 49 anos, liderando uma ditadura marcada por intensa repressão de opositores e minorias.
Além de censura, presídios de trabalhos forçados para cristãos, homossexuais e outras pessoas consideradas contrárias ao comunismo, fuzilamentos sumários eram praticados contra "inimigos da revolução".
Uma matéria publicada no jornal Folha de São Paulo, em dezembro de 2016, classificou a ditadura cubana como “a mais letal das Américas”.
Além da Venezuela, de Nicolás Maduro, que comanda o país atualmente, mas não foi reconhecido pelas lideranças mundiais como presidente legítimo do país.
Isso porque as eleições de 2018 foram marcadas por denúncias de países da América Latina, América do Norte e toda a União Europeia, indicando fraude no processo.
O governo de Joe Biden manteve a condenação ao regime de Maduro, não o reconhecendo como o presidente legítimo da Venezuela.
Já na Nicarágua, Daniel Ortega, chefe de Estado país, promoveu graduais alterações na legislação que lhe garantiram a supremacia no poder. Dentre seus poderes, Ortega pode concorrer à reeleição por tempo indeterminado.
Em 2018, reprimiu brutalmente manifestações contra o seu governo, deixando 351 mortos. Após esse episódio, protestos foram proibidos no país.
Em 2021, Ortega foi reeleito para o quarto mandato consecutivo. Durante as eleições, ele mandou prender quase todos os candidatos concorrentes.
Um dos grandes projetos do Foro de São Paulo, criado na década de 1990, era a chegada de políticos da esquerda ao poder nos países da América Latina.
No início da década de 2000, diversos países latinos eram governados por políticos de esquerda:
Um dos principais nomes do PT e Ministro Chefe da Casa Civil do primeiro governo Lula, José Dirceu, afirmou que esse era o objetivo da organização. Em entrevista ao programa Provocações, de André Abujamra, ele afirmou:
“Prever não, mas nós já lutávamos por isso e já trabalhávamos para isso. Inclusive porque nós criamos o Foro de São Paulo, que lutava para isso.
Depois, criamos ainda o Grupo de Marbella, que é o nome da cidade do hotel onde nós fomos no Chile, que se reuniu. Todos depois foram eleitos presidente da República. Todos foram”.
Durante encontro do Foro de São Paulo em 2013, realizado em São Paulo, Lula reconheceu a importância da organização para a chegada dos políticos de esquerda ao poder:
“Eu quero, companheiro da direção do Foro de São Paulo, debitar parte da chegada da esquerda ao poder na América Latina pela existência dessa cosita chamada Foro de São Paulo. Foi aqui, e devemos muito aos companheiros cubanos. Devemos muito aos companheiros cubanos”.
Em vídeo publicado em seu canal no Youtube, Olavo de Carvalho ressalta que o objetivo da chegada de Lula à presidência era financiar o comunismo no restante da América Latina.
“A função do PT no poder era fornecer dinheiro para o movimento comunista no restante da América Latina”.
Membro do Foro de São Paulo até o ano de 2002, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) são classificadas como uma organização terrorista pela Colômbia, Estados Unidos, Canadá e União Europeia.
Envolvidos com o tráfico de drogas e também com episódios de violência como o caso da ex-senadora colombiana Ingrid Betancourt, que foi sequestrada enquanto fazia campanha presidencial.
De acordo com entrevista concedida ao portal G1, ela afirmou:
“[Fui] tratada como um cão. Nem sequer era um tratamento para um animal, só havia crueldade, arbitrariedade e maldade”.
Outro caso emblemático da violência praticada pela Farc envolveu Luís Francisco Cuéllar, governador da província colombiana de Caquetá, morto e degolado pela organização, em 2009.
Nicolas Maduro é acusado por órgãos internacionais de envolvimento com o narcotráfico, fazendo parte do Cartel Los Soles, nome dado pelo escritório da ONU sobre drogas e crimes.
Trata-se de uma rede de tráfico de cocaína liderada por militares venezuelanos.
“Falamos de um Estado falido, onde as Forças Armadas mantêm Maduro no poder por várias razões, uma delas é o narcotráfico. Oficiais do alto governo desenvolveram um poder enorme dentro do governo, principalmente da Guarda Nacional Bolivariana”, afirmou José Colina, tenente venezuelano que vive há 16 anos exilado nos Estados Unidos.
Ele ainda destaca a participação de Hugo Chávez para proteger guerrilheiros colombianos:
“Uma das primeiras coisas que Hugo Chávez fez ao chegar ao poder foi permitir que algumas regiões se tornassem zonas de proteção para grupos guerrilheiros colombianos”.
Os Estados Unidos chegaram a oferecer uma recompensa de 15 milhões de dólares por informações que levassem à captura de Nicolás Maduro, acusado de atuar em conjunto com as Farc para levar cocaína ao país.
Em 13 de abril de 2002, seis meses antes das eleições presidenciais brasileiras, em uma chácara nos arredores de Brasília, aconteceu uma reunião festiva entre militantes de esquerda.
Os acontecimentos foram relatados por um agente infiltrado da Agência Brasileira de Inteligência, a Abin.
No evento, uma bandeira das Farc foi exposta e, em frente a ela, foi cantado o hino da guerrilha. Depois disso, Padre Olivério Medina, um guerrilheiro das Farc, prometeu 5 milhões de dólares para campanhas eleitorais de candidatos do PT.
Veja mais detalhes sobre a ligação dos governos de esquerda com o narcotráfico assistindo a Face Oculta do Foro de São Paulo.
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